domingo, 31 de janeiro de 2016

As relações humanas, o poder do diálogo

As relações humanas são mediadas pela comunicação como ferramenta de interação e linguagem na aproximação das pessoas. Neste sentido, o diálogo franco e honesto encontra-se como importante instrumento de cooperação, conciliação e mediação para a construção de pontes e vínculos mais duradouros no arenoso terreno da instabilidade emocional moderna em que nos encontramos



Dialogar significa não apenas falar sobre sentimentos tão preciosamente essenciais no amadurecimento psíquico dos seres humanos mas também escutar além do simples ouvir com todos os sentidos como um ato de amor ao outro. Para tanto precisamos de sair da individualidade natural de cada um para o desenvolvimento assertivo da empatia ao colocarmo-nos no lugar do outro, sem julgamentos imprecisos à luz das imperfeições da interpretação, desprovida de cautela e bom senso. Mais do que isso, dialogar permite o estreitamento dos laços afetivos, cujo impacto é enorme na construção do sentido de vida de cada pessoa, já que sem o afeto nada somos como humanidade.



Muitas vezes o diálogo é mal interpretado como um uso excessivo de palavras sem objetivo nem resultado aparente, simplesmente pela falta de boa vontade em usar palavras de uma forma harmoniosa, bem como pela dificuldade em se manter uma postura de recetividade para com o outro, sem a condição defensiva que restringe a naturalidade da linguagem e da afetividade. Cada pessoa é responsável pela qualidade de sua comunicação e das relações que daí advém, construindo ou não inter-relações positivas que contribuam efetivamente para a colaboração no bem comum. A palavra, já se sabe, é mantra e ecoa no universo, impregnando-o de uma energia que pode tanto construir, quanto desorganizar mentes, comportamentos, afetos, culminando no progresso ou no atraso de uma sociedade. Por tal aspeto, falar é uma responsabilidade muito grande, porque pode ferir ou elevar a vida de outras pessoas numa fração de segundos.



Ao mesmo tempo, o silêncio, tão precioso na escuta sincera e despretensiosa de preconceitos, ainda é pouco familiar no campo da vida humana, já que, pela imposição de uma vida agitada e repleta de estímulos tecnológicos, acabamos por ser reféns da pouca intimidade com o eco interior que possuímos, sem condições de realmente termos paciência com o som do outro, suas colocações, em virtude do turbilhão de pensamentos que atribulam a mente. Nesse intervalo, nos afastamos do equilíbrio pessoal que consiste no primeiro requisito para o respeito a si, a outro e ao que ele tem a dizer.
Quando tivermos a consciência do poder do dialogo que possuímos, seremos porta vozes de paz e amor uns para com os outros. Uma questão de vontade. Uma questão de humanidade. 


Caroline Lima Silva
http://www.psicologiasdobrasil.com.br/o-poder-do-dialogo/#ixzz3yq6j3E4b

sábado, 30 de janeiro de 2016

A Importância da atitude dos pais


"Das experiências que tiveram tido em casa depende, em boa parte, que os filhos cheguem a ser pessoas sociáveis e capacitadas para a autêntica vida de amizade. Mas a família influi sobretudo através das atitudes dos pais."


Vejamos, em primeiro lugar, algumas atitudes paternas que não favorecem as atitudes sociais e amistosas dos filhos:

1. Pais que não sabem nada dos filhos e mal lhes dedicam tempo. O pouco tempo de convivência com os filhos deve-se, às vezes, a ausências prolongadas e freqüentes do lar, de um dos pais ou de ambos. Em conseqüência, os filhos não vêem a casa como um lar, mas como uma simples residência, um hotel.
2. Pais dominadores, possessivos, autoritários, excessivamente severos e exigentes. Essas atitudes contribuem nuns casos para tornar os filhos irascíveis, impulsivos e agressivos, e em outros para desenvolver neles uma personalidade insegura e instável. Todas estas características lhes trazem sérias dificuldades para a adaptação aos grupos de brincadeiras e de estudo e à vida de amizade.
3. Pais superprotetores, que oferecem aos filhos mais ajuda do que eles precisam e tendem a resolver todos os seus problemas por eles. Esse protecionismo pode obedecer a um apego afetivo aos filhos, a um amor mal-entendido, ou à fraca opinião acerca de algum filho, que os pais consideram incapaz de enfrentar situações próprias da sua idade. 



A criança superprotegida torna-se excessivamente dependente dos outros: precisa da atenção, aprovação e ajuda quase contínuas das outras pessoas. Não desenvolve a capacidade de valer-se por si: não sabe iniciar atividades próprias nem lutar por vencer as dificuldades que se lhe apresentam. Nessas condições, a mentalidade egocêntrica própria da criança prolonga-se pela vida fora e não lhe permite contribuir com nada de valioso para os outros.

4. Pais permissivos, excessivamente indulgentes, que mimam os filhos e os deixam agir em função dos caprichos de cada momento. Esta atitude leva os filhos a torna-se egoístas e fracos, a esperar dos outros uma atenção contínua e a não saber aceitar a frustração de um desejo, levando-os a reagir de forma impaciente e agressiva. Uma vez que toda a convivência exige dar e não apenas receber, essas crianças dificilmente se adaptam à vida em sociedade.


5. Pais frios ou indiferentes para com os filhos, que não lhe dão mostras de carinho e afeto. Os filhos costumam agir, nas relações com os companheiros e amigos, com a mesma indiferença e frieza com que foram tratados em casa. Costumam ser crianças tristes, pouco cordiais, que fogem das situações de convivência. E quando tentam relacionar-se com os outros, encontram dificuldades porque lhes falta elemento central da amizade: o afeto. 


O problema é maior quando a indiferença dos pais se converte em rejeição, que nem sempre é aberta: às vezes, expressa-se em atitudes de insensibilidade ou de prepotência. Essa rejeição diminui a auto-estima dos filhos, a segurança em si mesmos, e pode dar lugar, mais adiante, a condutas anti-sociais que resultam da necessidade de "descarregar" a agressividade acumulada ou de chamar a atenção dos outros. 



"Quais as atitudes paternas que, pelo contrário, favorecem a capacidade dos filhos para a convivência?


Uma primeira resposta é a seguinte: todas as que ajudem a serem harmônicas e satisfatórias as relações entre os esposos, entre pais e filhos e entre irmãos. Está mais do que comprovado que, se as relações familiares são adequadas, os filhos conseguem adaptar-se muito mais facilmente à convivência social fora de casa. 

Uma dessas atitudes é o amor aos filhos. E não basta o amor teórico ou abstrato; os filhos precisam de expressões concretas desse amor dos pais todos os dias. Precisam de afeto e carinho no relacionamento pessoal. Os pais afetuosos e cálidos ajudam os filhos a ter confiança em si mesmos e a relacionar-se com os outros de forma aberta e espontânea. 




Mas o carinho com os filhos não deve significar falta de exigência. Precisamente por serem queridos é que devem ser exigidos de maneira progressiva. Com efeito, as crianças que não se sentem exigidas pelos pais consideram-se menos queridas, já que recebem menos atenção. O carinho aos filhos deve levar, isso sim, a uma exigência compreensiva, isto é, proporcionada ao que se pode pedir a cada filho em cada momento. É preciso, portanto, que os pais sejam ao mesmo tempo exigentes e compreensivos, o que, evidentemente, não é fácil. Na prática, diante dessa dificuldade, os pais costumam polarizar-se numa dessas atitudes, de forma que a compreensão sem exigência cria pais permissivos, e a exigência sem compreensão cria pais autoritários.




Diversas pesquisas confirmam as afirmações que acabamos de fazer. Assim, por exemplo, Lieberman verificou que as crianças pequenas que se sentiam queridas pela mãe eram mais bem aceitas pelos companheiros e participavam mais das atividades comuns no colégio. Winder e Rau descobriram que os pais das crianças mais "sociáveis" tinham duas qualidades: eram muito pouco agressivos e proporcionavam-lhes muito apoio e reforço na sua conduta ("reforço" no sentido de que valorizavam e premiavam os comportamentos positivos dos filhos).

Se houver amor, haverá também aceitação de cada filho. A aceitação começa pelo desejo de que o filho chegue a existir, casais que têm um filho por falha dos métodos contraceptivos dificilmente conseguirão criar esse clima em que todo o filho que vem ao mundo se sente desejado acima de tudo pelos seus pais. A aceitação implica também esbanjar - com gosto, não como algo que atrapalha - os cuidados de que cada filho necessita. Os pais devem estabelecer uma relação ardentemente afetuosa com cada um dos filhos e fazê-los ver que todos eles são "importantes" na vida da família. Comprovou-se que a criança aceita pelos pais "é geralmente cooperativa, sociável, amigável, leal, emocionalmente estável e simpática"; e que "encara a vida com confiança".


Há diferentes tipos de aceitação dos filhos por parte dos pais em função do amadurecimento emocional destes. Pais emocionalmente maduros aceitam o filho como um ser autônomo e capaz de participar ativamente da vida familiar, ao passo que pais emocionalmente imaturos tendem a identificar-se totalmente com o filho, dificultando seriamente a conduta independente tanto deste como deles mesmos. É importante que os pais concedam a cada filho uma liberdade razoável, proporcionada à sua idade. Quando se estimula a conduta autônoma dos filhos, estes acabam por tornar-se "mais habilidosos, cooperativos, independentes e adaptados às situações sociais". 

Frisarei, por fim, que é importante fomentar desde a infância a vinda de outra crianças ao lar, sejam irmãos naturais ou adotivos. Verificou-se que isso contribui para que os filhos amadureçam antes e sejam mais abertos aos outros."


Gerardo Castilho é professor de Pedagogia e Psicopedagogia da Universidade de Navarra e pesquisador do Instituto de Ciências da Família da mesma Universidade, além de professor visitante de diversas Universidades espanholas.

http://www.portaldafamilia.org/artigos/artigo068.shtml


Extraído do livro "Educar para a amizade", Editora Quadrante

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

sábado, 16 de janeiro de 2016

A importancia do desenho para o desenvolvimento das crianças

"De repente, o papel branco ganha rabiscos, formas e cores. A mão, ainda tão pequena, faz  os desenhos mais diferentes que você já viu na vida.
- Mãe, olha, fiz um jacaré!
Você, claro, sorri, diante daquele monte de traços malucos espalhados pelo papel. Toda criança gosta de desenhar e, apesar de parecer apenas uma brincadeira, isso faz parte do desenvolvimento do seu filho. Tanto é que uma pesquisa feita pelo Instituto de Psiquiatria da Universidade Kings College London, no Reino Unido, mostrou que o desenho pode ser um indicador da inteligência de cada um no futuro."





O acesso à Educação



Quando o acesso às armas está mais acessivel que a propria Educação, o que será da nossa sociedade?


sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Pais permissivos geram crianças sem limites


"Pais permissivos geram crianças que não conhecem os limites e que cultivam o egocentrismo, o narcisismo e a omnipotência. Se uma criança se habitua a crescer sem limites não vai saber lidar com a frustração, vai fazer birras, vai sofrer e… “faz sofrer muita gente”. Defende o pediatra Mário Cordeiro"


http://www.paisefilhos.pt/index.php/video/7659-uma-crianca-sem-limites-vai-sofrer-e-fazer-sofrer

Violência familiar – violência psicológica

"Subreptícia e perigosa, a violência psicológica exprime-se através de agressões verbais (insultos, troça), de desvalorizações sistemáticas, de castigos injustos, de humilhações face a outras crianças. Estas humilhações podem ser relativas à aparência, ao físico, às capacidades intelectuais. “És muito gordo”, “És uma nulidade”, “Pareces os teu pai, sempre mal vestido”, “Nunca serás ninguém na vida”, “És uma cabra, como a tua mãe”. Todas estas frases ferem as crianças, destroem a sua auto-confiança."



"Mas a violência psicológica também se pode exprimir através de uma grande doçura. A chantagem afectiva permite ao adulto impor vontades ou proibições à criança “para seu bem”, ou porque “isso faz muito mal”. “Se não vieres comigo às compras, já não gosto mais de ti”, diz uma mãe ao filho. Nada melhor para culpabilizar uma criança insegura que se acha em risco de perder o amor dos pais a qualquer momento.
Todas estas formas de violência psicológica revelam sempre uma impotência. 

Um pai ou uma mãe que humilham o filho ou o chantageiam negam-se a si mesmos enquanto pais."

A literatura está cheia de histórias de crianças que tiveram maus começos na vida porque os pais não reconheceram o seu valor. Cenourinha , a personagem de um romance de Jules Renard, é um rapazinho constantemente humilhado pela mãe, porque teve a infelicidade de nascer com o cabelo ruivo. Reduzida a sua importância à cor dos cabelos, a Cenourinha é negado o estatuto de pessoa rica e complexa, já que não passa de uma cor, de um legume! Como poderá ele gostar de si mesmo, aceitar-se, descobrir e desenvolver as qualidades pessoais, uma vez que a própria mãe lhas nega? Esta rejeição constitui uma violência absoluta, porque nega à criança o direito de existir como é. 



“Nem toda a gente tem a sorte de nascer órfão!”, lamenta-se Cenourinha. Reparem como ele exprime o desejo da morte da mãe com humor. Só uma personagem de romance pode rir-se do facto de não ser suficientemente amada.



"Alguns recorrem ao humor, outros ao ódio. Alguns fechar-se-ão a toda e qualquer demonstração de carinho, enquanto outros apostarão nos estudos ou mergulharão na criação artística. Outros autodestruir-se-ão. Mas nós, adolescentes, ao contrário das crianças muito pequenas vítimas dos pais, começamos a observar o que se passa na nossa família com um certo recuo. "

https://dialogodegeracoes.wordpress.com/2008/09/19/violencia-familiar-violencia-psicologica/













quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

A Educação à luz do digital: o olhar da Economia da Educação



Trata-se de uma iniciativa no âmbito do projeto TEA: Tablets no Ensino e na Aprendizagem. A sala de aula Gulbenkian: entender o presente, preparar o futuro (http://teagulbenkian.weebly.com/)  que, desta vez, irá centrar-se em questões relativas aos investimentos em tecnologias digitais em educação e seus impactos, quer no nosso país quer noutros países, com circunstâncias, estruturas e sistemas educativos dissemelhantes.


A entrada é livre mas sujeita a inscrição prévia. 
As inscrições estão abertas até dia 24 de janeiro e poderão ser feitas no sítio da iniciativa em   http://educacaoluzdigital.weebly.com   


A Educação à luz do digital: o olhar da Economia da Educaçãohttps://t.co/LscAuGbJce via @sharethis

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Situação de empregabilidade dos licenciados em Educação




SILVA, Bento & Marques, Fátima (2001). Trajectórias de inserção profissional dos licenciados em Educação pelo Instituto de Educação e Psicologia da Universidade do Minho. In Albertino Gonçalves et al. Da universidade para o mundo do trabalho, desafios para um diálogo. Braga: Universidade do Minho, pp. 205- 226.

http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/18330/1/Traject%C3%B3rias%20de%20inser%C3%A7%C3%A3o%20profissional%20dos%20licenciados%20em%20Educa%C3%A7%C3%A3o%20pelo%20Instituto%20de%20Educa%C3%A7%C3%A3o%20e%20Psicologia%20da%20Universidade%20do%20Minho.pdf

domingo, 10 de janeiro de 2016

Filmes infantis que abordam a temática Ambiental


http://vivagreen.com.br/7-filmes-infantis-que-abordam-consciencia-e-conservacao-ambiental/



Nunca deixe de voar... Nunca deixe de acreditar!!!



                                https://www.youtube.com/watch?v=WYHyLFY2VM0

▶ Novos Paradigmas da Educação Mario Sergio Cortella 2003 - OSP



https://www.youtube.com/watch?v=k0wlwV8XphY

Cidadania - Como respeitar um cão-guia

"Um cão-guia é tipo de cão de assistência. É um animal adestrado para guiar pessoas cegas ou com deficiência visual grave, ou auxiliá-los nas tarefas caseiras. Durante a condução dos deficientes visuais o cão deve ter a capacidade de discernir eventuais perigos devidos a obstáculos ou outros, o que requer cães de inteligência bastante elevada com treino rigoso e adequado ao seu trabalho de cão-guia.


Embora os cães possam ser treinados para se desviar de vários obstáculos, eles não são capazes de distinguir cores como verde e vermelho, não podendo interpretar um semáforo. Eles são treinados para observarem o fluxo da área a ser percorrida e daí sim realizar a ação desejada com segurança.



Os cães-guia são um companheiro imprescindível para o seu dono, que sem o seu trabalho de guia não poderiam ter a liberdade de sair de casa e de praticar as actividades diárias comuns."
https://www.youtube.com/watch?v=pB38z6SJRw0
https://www.youtube.com/watch?v=pB38z6SJRw0&feature=share

A crise de identidade própria da adolescência


"O período da adolescência é marcado por diversos fatores mas, sem dúvida, o mais importante é a tomada de consciência de um novo espaço no mundo, a entrada em uma nova realidade que produz confusão de conceitos e perda de certas referências. O encontro dos iguais no mundo dos diferentes é o que caracteriza a formação dos grupos de adolescentes, que se tornarão lugar de livre expressão e de reestruturação da personalidade, ainda que essa fique por algum tempo sendo coletiva."



"Essa busca do “eu” nos outros na tentativa de obter uma identidade para o seu ego é o que o psicanalista Erik Erikson chamou de “crise de identidade”, o que acarreta angústias, passividade ou revolta, dificuldades de relacionamento inter e intrapessoal, além de conflitos de valores."




 "Para Erikson, o senso de identidade é desenvolvido durante todo o ciclo vital, onde cada indivíduo passa por uma série de períodos desenvolvimentais distintos, havendo tarefas específicas para se enfrentar. A tarefa central de cada período é o desenvolvimento de uma qualidade específica do ego. Para esse autor, dos 13 aos 18 anos a qualidade do ego a ser desenvolvida é a identidade, sendo a principal tarefa adaptar o sentido do eu às mudanças físicas da puberdade, além de desenvolver uma identidade sexual madura, buscar novos valores e fazer uma escolha ocupacional."





Segundo Erikson (1972)
"Em termos psicológicos, a formação da identidade emprega um processo de reflexão e observação simultâneas, um processo que ocorre em todos os níveis do funcionamento mental, pelo qual o indivíduo se julga a si próprio à luz daquilo que percebe ser a maneira como os outros o julgam, em comparação com eles próprios e com uma tipologia que é significativa para eles; enquanto que ele julga a maneira como eles o julgam, à luz do modo como se percebe a si próprio em comparação com os demais e com os tipos que se tornaram importantes para ele. (p.21) Portanto, a construção da identidade é pessoal e social, acontecendo de forma interativa, através de trocas entre o indivíduo e o meio em que está inserido. Esse autor enfatiza, ainda, que a identidade não deve ser vista como algo estático e
imutável, como se fosse uma armadura para a personalidade, mas como algo em constante desenvolvimento."

http://www.sociologia.org.br/tex/pscl36ibes.htm

A adolescência


sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

A escola e a socialização.

"No começo da escolaridade, entre 6 e 9 anos de idade, a criança entra em nova fase de desenvolvimento, caracterizada pela intensificação e pelo estabelecimento das relações sociais entre companheiros, pela valorização a outros vínculos afetivos extrafamiliares, pelo surgimento de uma atitude mais objetiva a respeito da realidade, pela superação da intuição pelo raciocínio no plano concreto, e pelo aparecimento discreto da interioridade (OSTERRIETH, 1969; GRIFFA; MORENO, 2001). O desenvolvimento social e intelectual parecem constituírem-se nos aspectos principais do crescimento da personalidade neste nível, caracterizado pela ruptura do quadro familiar e da mentalidade infantil primitiva."



    "Griffa e Moreno (2001), acrescentam ainda que o ingresso da criança na escola é marcado pelo desenvolvimento da iniciativa pessoal, onde a criança consegue realizar metas e interesses individuais, assim como é marcado por profundas mudanças no seu desenvolvimento cognitivo e emocional. Referente ao desenvolvimento cognitivo, a criança centra a atenção nos jogos sociais e na atividade grupal entre pares. No desenvolvimento emocional há um certo controle ao expressar as emoções e sentimentos e uma relativa estabilidade psicológica e corporal, o que permite que o aprendizado passe a desempenhar um papel central no desenvolvimento."



    "A entrada na escola é um período decisivo para a socialização. Pressupõe a realização de tarefas e a possibilidade de partilhar objetos e experiências com os demais. A energia é direcionada para os vínculos interpessoais com seus pares, de modo que a criança desenvolve a capacidade de comunicação e de integração grupal (GRIFFA; MORENO, 2001). Para Cole e Cole (2004), o aumento da interação das crianças com seus pares é ao mesmo tempo uma causa e um efeito do seu desenvolvimento durante a segunda infância. Elas passam mais tempo com os amigos porque há um aumento na capacidade para pensarem e agirem por si mesmas."



" Estudos têm documentado a importância das relações com os pares para o desenvolvimento cognitivo da criança. Spodek e Saracho (1998) apresentam os resultados de algumas pesquisas: Guralnick (p. 144) observou que a interação social com outras crianças aperfeiçoa as habilidades de comunicação, à medida que as crianças ajustam a complexidade da sua linguagem para se adequarem ao nível cognitivo de seu interlocutor; Hartup (p. 144) demonstrou que as trocas entre pares ensinam as crianças a compartilhar, a responder apropriadamente à agressão e a desenvolver comportamentos adequados a seus papéis sexuais; Murray e Perret-Clements (p. 144) demonstraram que as trocas sociais com pares mais competentes resultam em ganhos nas habilidades cognitivas. Em uma revisão de pesquisas sobre as relações entre as crianças, Ladd e Coleman (p. 144) concluíram que elas são capazes de construir relações com pares nas quais ajustam mutuamente suas interações com as crianças que preferem."


"  De acordo com Martins (2001), com o decorrer do desenvolvimento cognitivo e social, as crianças passam para outro tipo de relacionamento, o da cooperação ou autonomia, em que impera a crítica, o controle mútuo, a confiança e a cooperação. O processo, segundo Piaget apud Martins (2001), ocorre em dois momentos: num primeiro momento, as relações de respeito unilateral e de coação se estabelecem quase que espontaneamente entre a criança e o adulto, pois, com a observação, os pais transmitem uma série de rotinas, das quais as crianças não têm compreensão e as quais devem simplesmente seguir. Isso, associado ao egocentrismo e ao realismo infantil, forma o padrão de relacionamento criança/adulto. Num segundo momento, com o desenvolvimento dos esquemas cognitivos e a ampliação das relações sociais e com a inclusão de novos companheiros, começam a se desenvolver novos tipos de relações. Desta forma, a regra, que antes era dada pronta e imutável, passa a ser objeto de discussões, para finalmente ser passível de mudanças, desde que haja consenso entre todos os envolvidos na situação. É o surgimento da moral de cooperação ou autônoma."



http://www.efdeportes.com/efd155/os-jogos-de-regras-no-desenvolvimento-de-criancas.htm

domingo, 3 de janeiro de 2016

Uma Aproximação à Pedagogia/ Educação Social


A necessidade da Pedagogia Social, agora mais do que nunca.

"A pedagogia social é uma ciência pedagógica, de carácter teórico-prático, que se refere à socialização do sujeito, tanto a partir de uma perspectiva normalizada como de situações especiais (inadaptação social), assim como aos aspectos educativos do trabalho social. Implica o conhecimento e a acção sobre os seres humanos, em situação normalizada como em situação de conflito ou necessidade. O conceito de pedagogia social mais generalizado é o que faz referência à ciência da educação social das pessoas e grupos, por um lado, e, por outro, como ajuda, a partir de uma vertente educativa, às necessidades humanas que convocam o trabalho social, assim como ao estudo da inadaptação social. O indivíduo socializa-se dentro e fora da instituição escolar e, por isso, a educação social deve efectuar-se em todos os contextos nos quais se desenvolve a vida do ser humano. Nesse sentido, não pode definir-se exclusivamente por ocupar o espaço não escolar, o que implicaria uma redução da mesma. Como afirma Ortega (1999), hoje sabemos que há muito mais educação fora do que dentro do sistema escolar e que este deverá procurar sempre o objectivo da educação “ao longo da vida”. A educação social deve, antes de mais, ajudar a ser e a conviver com os outros: aprender a ser com os outros e a viver juntos em comunidade. Portanto, os objectivos que persegue a educação social poderiam sintetizar-se no contributo para que o indivíduo se integre no meio social que o envolve, mas com capacidade crítica para o melhorar e o transformar."



http://sites.unicentro.br/wp/cursodepedagogia/files/2011/08/educa%C3%A7%C3%A3o-social.pdf




Universidade Aberta - Mestrado em Estudos Portugueses Multidisciplinares




http://www.uab.pt/web/guest/contactos

Candidaturas até 4 de janeiro 2016 (amanhã é o último dia )

Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI

     "Para poder dar resposta ao conjunto das suas missões, a educação deve organizar-se em torno de quatro aprendizagens fundamentais que, ao longo de toda a vida, serão de algum modo para cada indivíduo, os pilares do conhecimento: aprender a conhecer, isto é adquirir os instrumentos da compreensão; aprender a fazer, para poder agir sobre o meio envolvente; aprender a viver juntos, a fim de participar e cooperar com os outros em todas as atividades humanas; finalmente aprender a ser, via essencial que integra as três precedentes. É claro que estas quatro vias do saber constituem apenas uma, dado que existem entre elas múltiplos pontos de contato, de relacionamento e de permuta."

Ø  Aprender a conhecer: supõe aprender a aprender. Significa o interesse, a curiosidade, a abertura para o conhecimento. Significa também ser capaz de estabelecer pontes entre os diferentes saberes, entre estes saberes e seus significados para nossa vida cotidiana. Nesse sentido, o espírito científico como uma aquisição fundamental da aventura humana, é indispensável.   
Ø  Aprender a fazer: é o aprendizado da criatividade. 'Fazer' também significa fazer o novo, criar... Para aprender a fazer, é necessário combinar a qualificação técnica de realizar uma tarefa com o comportamento social, a aptidão para o trabalho em equipe e a capacidade de iniciativa. Aprender a fazer revela a coragem de correr riscos, de errar mesmo na busca de acertar.   
Ø  Aprender a conviver: implica em aprender a viver com os outros, em descobrir progressivamente o outro, em reconhecer-se a si mesmo na face do Outro. Implica também na aprendizagem da tolerância, da cooperação, da não-violência, do respeito a todos e às normas que regem as relações entre os seres que compõem uma coletividade. Trata-se de um aprendizado permanente, que deve começar na infância e continuar ao longo da vida.   
Ø  Aprender a ser: supõe o desenvolvimento total da pessoa, que deve ser preparada para elaborar pensamentos autônomos e críticos e para formular os seus próprios juízos de valor, de modo a poder decidir, por si mesma, como agir nas diferentes circunstâncias da vida. Aprender a ser integra as diversas dimensões da vida, explicita o papel do cidadão e o objetivo de viver.


http://ftp.infoeuropa.eurocid.pt/database/000046001-000047000/000046258.pdf