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sábado, 17 de agosto de 2019

O Educador Social no contexto escolar



"O Educador Social atua como um agente de transformação, pois cabe a ele atuar, junto aos educandos, com o objetivo de uma significativa mudança na comunidade. 

Educar é promover o desenvolvimento intelectual social e ético. A função deste Técnico é proporcionar a um grupo ou classe, a possibilidade de transformação de vida, através da EDUCAÇÃO (não formal), que é capaz de reduzir desigualdades e aumentar possibilidades, criando assim verdadeiros sentimentos de cidadania participativa, que é a ferramenta capaz de promover transformações significativas e profundas na sociedade."


Para Noguero e Solís (2003) o Educador Social marca a forma de trabalho no grupo, proporcionando ferramentas necessárias (atitudes, valores, capacidades, motivação, etc.) para que a autonomia do mesmo cresça progressivamente (…) (p. 7). A sua figura tem um caráter “eventual” no tempo de vida do grupo com o qual trabalha e, por conseguinte, trata de facilitar em todo o momento que o grupo aprenda e adquira os meios necessários para uma autogestão individual e coletiva (p. 7).


Para que o processo de transformação ocorra, é necessária, a dedicação e profissionalismo de um Educador Social, é um trabalho que assenta num projeto, onde atua com os membros da comunidade, de forma a desenvolver uma atitude que promova a sua continuidade. É de realçar, que a prioridade destes projetos, não é impor ideias a um grupo, é acima de tudo procurar que os membros destes grupos exponham as suas ideias e dessa forma, em conjunto, propor soluções.
Não podemos pensar a escola independente da sociedade na qual ela se insere. O que acontece no ambiente escolar é mais que uma analogia a situações sociais mais amplas; é um reflexo da sociedade no seu todo. 

 Os problemas e situações atuais da contemporaneidade relacionam-se diretamente aos encontrados nas escolas, através dos relatos de professores, porém não tem existido respostas por parte da comunidade escolar, muitas das vezes legando essas competências aos mesmos, ou a funcionários que dão apoio nos recreios e nas limpezas. O resultado tem sido visível e cada vez mais urge dar espaço a estes Técnicos. A atuação multidisciplinar de um Educador Social aparece como imprescindível, a importância de lidar com questões mais profundas de maneira que o ensino supere, este vazio sem sentido , para os jovens e crianças.







terça-feira, 8 de maio de 2018

Educação e cidadania



Fernando Savater, filósofo espanhol, reflete sobre a relação entre educação e cidadania em sua conferência ao Fronteiras do Pensamento. Segundo Savater, o papel da educação não é apenas treinar habilidades e processos, é também “formar pessoas completas, capazes de utilizar a democracia de uma maneira crítica e positiva”. O filósofo defende, ao longo de sua fala, a importância desta educação para que as pessoas saibam construir seus caminhos de vida, compreender seus papeis na democracia e exercitar seus deveres para com a sociedade. Conferencista do Fronteiras do Pensamento 2015. 

Fronteiras do Pensamento | Produção Telos Cultural | Conferência Edgar Morin | Edição Karina Roman | Finalização Marcelo Allgayer | Tradução Francesco Settineri e Marina Waquil



Os educadores são, (…) promotores privilegiados da condição humana e é nesse sentido, justamente, que são reconhecidos como técnicos da relação, o que torna esse seu carácter técnico irredutível a qualquer lógica instrumental. Enquadrada por uma perspectiva pedagógica, a relação humana surge-nos sempre mais do que uma simples ferramenta (Carvalho e Baptista, 2004, pp. 95-96). 


Para Noguero e Solís (2003) o educador social marca a forma de trabalho no grupo, proporcionando ferramentas necessárias (atitudes, valores, capacidades, motivação, etc.) para que a autonomia do mesmo cresça progressivamente (…) (p. 7). A sua figura tem um caráter “eventual” no tempo de vida do grupo com o qual trabalha e, por conseguinte, trata de facilitar em todo o momento que o grupo aprenda e adquira os meios necessários para uma autogestão individual e coletiva (p. 7).



"O Educador Social caracteriza-se pela enorme capacidade de percepcionar a realidade, reflectir, adaptar-se às dificuldades e encontrar saídas possíveis para os múltiplos problemas de âmbito social. Por isso, a sua formação profissional é ser rigorosa articulando o conhecimento, a formação pedagógica reflectida com uma cultura actual e crítica, fundamental à leitura e compreensão do mundo, à capacidade de orientação e decisão que, a cada momento, terá de tomar. 
O seu perfil, estruturado pelos saberes ser, estar e fazer, confere-lhe um conjunto de competências que o tornam capaz de agir técnica e pedagogicamente, com sensibilidade social e ética.



Subjacente aos seus modelos de intervenção está a cultura pedagógica destes profissionais (…)



sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

O Bullying no trabalho.



"Fofoquinhas, intimidações, manipulações: comportamentos que fazem um profissional se sentir humilhado em seu ambiente de trabalho. O bullying é um mal que não atinge só os colégios. Também existe nos espaços corporativos, e é muito mais comum do que se imagina."





"Um dos indícios de que alguém está sofrendo bullying é o fato de a pessoa ser excluída de processos nos quais deveria estar envolvida, pelo cargo que ocupa. Outro indício é quando o profissional não consegue ser incluído em círculos informais de colegas, sem motivo aparente - explica Celestino".




"A consultora Ylana Miller, que dá aula de gestão de carreiras no Ibmec,explica que o bullying muitas vezes é manifestado por meio de manipulações sutis que nem sempre são percebidas inicialmente pelas vítimas, mas que vão prejudicando seu crescimento profissional. Um exemplo é quando um colega fica com o crédito pela ideia de outro, diante da chefia, mas consegue transmitir para a vítima a ideia de que a está ajudando."


- É uma epidemia invisível - define Ylana Miller,.





http://oglobo.globo.com/economia/emprego/bullying-no-trabalho-um-mal-invisivel-4065488

sábado, 20 de janeiro de 2018

Os Educadores Sociais e a reintegração Social na Saúde Mental


“O termo “Reabilitação Psicossocial”, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, é visto como um processo e não uma técnica, que tem como objetivo oferecer aos indivíduos inadaptados, em consequência do transtorno mental, condições para exercer as suas aptidões na sociedade, OMS (2001). A construção da cidadania, bem como a restituição da contratualidade do indivíduo no seu habitat, e o trabalho como um valor social inalienável, são os eixos norteadores do processo de Reabilitação Psicossocial. Assim, o processo de desinstitucionalização é deslocar o olhar para a “existência sofrimento” em relação ao corpo social, retirando o indivíduo dos “parênteses” colocados pela psiquiatria. A finalidade desse processo é a “invenção de saúde” e a “reprodução social do doente”, no sentido da sua sociabilidade, Rotelli (2001) citado por Leão (2008, p. 98). Ao optar por estruturar as diretrizes políticas da saúde mental e suas práticas dessa forma, assumindo o conceito de desinstitucionalização referente ao seu aspeto de crítica e negação do paradigma psiquiátrico, Costa-Rosa e col. (2003) citado por Leão (2008, p. 99). A desinstitucionalização e os preceitos da Reabilitação Psicossocial “perpassam todo o discurso de modelo assistencial que vem sendo implantado e tem sido um norte e um argumento para a política dessa área”, Cambraia (2004) citado por Leão (2008, p. 99). A afirmação de que as famílias não se responsabilizavam pelo seu doente, transmitindo a tutoria para o hospital psiquiátrico, é um dos reflexos dos papéis de culpabilização e de cumplicidade atribuídos às mesmas no modelo psiquiátrico tradicional, Saraceno (1999) citado por Leão (2008, p. 100). A existência da doença, bem como a necessidade de tratamento, não são negadas, o que se coloca em discussão são as formas de lidar com a pessoa na sua “existência sofrimento”. Nesse caso, a desinstitucionalização, a ser perseguida nos serviços substitutivos, é a remoção de barreiras na sua implementação, Rotelli (2001) citado por Leão (2008, p. 103).”
“Ao equacionar-se o desenvolvimento de alternativas habitacionais para pessoas com doença mental, Carling, Randolph, Blanch, & Ridgway (1987) citados por Maria (2000, p. 188), consideram que dever-se-á ter presente 3 questões base, nomeadamente: 
- Onde é que as pessoas com este tipo de problemáticas mentais vivem? 
- Onde é que elas querem viver? 
- Como é que aí as poderemos ajudar a ser bem sucedidas?


Para responder convenientemente a estas questões estes autores consideram ainda que terá que haver, entre outros factores, uma mudança fundamental na orientação que a investigação tradicionalmente toma. Ter-se-á assim que passar de uma prática na investigação em que os investigadores definem, e orientam, todo o processo para um processo de co-investigação entre profissionais e consumidores. Será também necessário que os consumidores tenham não só uma voz na definição dos sistemas que visam satisfazer as suas necessidades, como também sejam consultados em todos os assuntos relacionados com a política de saúde mental, Davidson, et al. (1996) citado por Maria (2000, p. 188).
Existem várias estratégias em que os investigadores, os responsáveis por serviços sociais, os técnicos, e os grupos de defesa dos interesses dos consumidores se poderão apoiar como instrumento de pressão para documentar a falta de habitações acessíveis, e as situações de pobreza em que muitos desses consumidores se encontram. Uma dessas estratégias poderá passar pelo recurso a estudos que incidam sobre relação entre a satisfação das necessidades dos consumidores e a influência no seu processo de reabilitação, nomeadamente ao nível do custo/benefício. Se for possível demonstrar a poupança nos custos, pela redução do tempo de duração dos internamentos psiquiátricos, de uma diminuição da utilização dos serviços de urgências psiquiátricas, e de uma melhoria dos resultados ao nível da reabilitação (decorrente de um emprego ou da participação em outras atividades produtivas), poder-se-á fazer um apelo mais forte e fundamentado para as preferências dos consumidores, Yeich, et al. (1994) citado por Maria (2000, p. 188).


A intervenção sócio educativa, nestes casos, consistirá em ajudar, aconselhar e promover o doente mental na sua formação e desenvolvimento pessoal, dentro do âmbito de ação sócio educativo. Manifesta-se, assim, numa procura de inclusão na prática social, revelando assim um compromisso com a realidade social, através das tarefas da ação e intervenção social e reeducativa. O trabalho sócio educativo é um trabalho constante e organizado, que ambiciona ser uma solução com necessidades diferentes e forçadas a condições intrínsecas diversas, tais como: A pobreza, a exclusão social, o abandono e baixas qualificações.

Os programas de intervenção sócio educativa estimulam a mudança. Nascem de um desejo de mudar uma vida, são atividades organizadas e pensadas por um grupo de educadores sociais que partem de um diagnóstico de uma determinada dificuldade, para ajudar numa determinada posição. Os educadores possuem conhecimentos que influem na mudança de comportamentos, porque distinguem determinadas situações e têm a capacidade de tomar resoluções, ao assegurar o duplo papel: de investigadores e educadores. São profissionais que mostram um perfil ativo e maleável, com conhecimentos e experiências essenciais para a prática de distintas tarefas. Sendo que, o doente mental, na maioria dos casos vê diminuída a sua autonomia e inserção social, passa pelo educador social desenvolver programas que visem a promoção desses aspetos no indivíduo, bem como, também a aquisição de alguma profissionalização (no sentido daquilo que vem sendo prática nos casos de deficiência mental) e na educação familiar, no sentido de reorganização das rotinas e práticas familiares. Cremos que, com estas ações o educador social poderá ter um papel premente no processo de desinstitucionalização.


quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

O papel do Educador Social (1ª parte)

Um educador social faz escolhas que vão desde trabalhar com pessoas que, nos mais distintos momentos e nas mais distintas circunstâncias, precisam de apoio porque sofrem ou têm problemas com os quais não sabem ou não podem lidar. É um trabalho que não basta apenas saber fazer, mas gostar de fazer, sendo muito importantes as motivações, a empatia, o compromisso com a mudança, o crescimento pessoal. Como tal, torna-se primordial conhecer as suas aptidões e capacidades bem como as suas limitações, no sentido de superar obstáculos, pois cada educador social tem um estilo próprio, pessoal e único em saber e em fazer. A formação de um educador social nasce da interceção de várias práticas e identidades profissionais, que têm em comum uma intencionalidade educativa e uma intervenção em e a partir dos mais variados contextos. A sua ação não pode continuar a ser vista como uma experiência inacabada e imperfeita e como tal necessita, sempre e cada vez mais, de uma  sustentação teórica e prática adequada aos desafios que a sociedade lhe coloca. Ele é um dinamizador de grupos, capaz de lidar com os afetos, as emoções, as angústias, os êxitos e as desilusões das pessoas, um agente promotor de mudanças e de aproveitamento dos recursos humanos e materiais disponíveis, quer a nível local, quer a nível regional. As suas áreas de intervenção vão desde a saúde, à infância e juventude, à educação escolar, às autarquias, à justiça e à reeducação, onde é um interlocutor e um mediador privilegiado em assuntos que interessam ao coletivo. Atua no terreno como autor/ator de estratégias contextualizadas, criando pontes socioeducativas que, com o apoio da teoria e da prática, o levam a gerir as problemáticas sociais da realidade em que intervém. Para tal, visando a melhoria do seu desempenho profissional, deve aprofundar as suas qualidades pessoais, fazendo da paciência, da tolerância, do autocontrolo, da empatia, do altruísmo e do equilíbrio as armas fundamentais para um trabalho de sucesso.



O papel do educador social 

O educador social desempenha um papel importante junto dos sujeitos com os quais interage, pois dele depende uma integração social positiva nos contextos em que vivem. O seu trabalho, orientado por critérios de competência profissional baseada em metodologias e técnicas orientadas para uma prática social de intervenção, corresponde, no dizer da Carvalho e Baptista (2004), a um espaço profissional desenhado no ponto de encontro, e de cruzamento, entre a área de trabalho social e da área da educação (p. 83). A sua relação com os outros deve pautar-se por comportamentos de respeito e de combate a todas as situações discriminatórias, trabalhando, no dizer de Diaz (2006) para uma socialização terciária (…) ou seja, o processo mediante o qual se pretende que um indivíduo se reintegre na sociedade depois de ter revelado condutas anti-sociais, associais o dissociais (p. 100), visando a inclusão plena dos diversos atores sociais. Segundo Borda Cardoso (s/d) a definição do papel profissional do Educador Social passa pelo tipo de desempenho que dele se espera, do que ele sabe e é capaz de fazer no quadro das competências para que foi preparado e das respostas emergentes aos desafios laborais (p. 8). Para Noguero e Solís (2003) o objetivo final das ações do educador social é conseguir a participação de todos os membros do grupo com o fim de transformar a realidade. (…) supõe a criação de um processo de ensino – aprendizagem de uma série de valores, atitudes e estratégias que estejam de acordo com o espírito crítico, a participação ativa, a transformação social, etc. (p.6). Ao procurar consolidar e renovar as redes sociais já existentes, pode, também, criar novas redes de espaços de pertença e referência afetiva, atuando de forma direta, mas sem tomar partido ou dar a solução. Deve escutar, estar atento, conduzir as respostas dos verdadeiros protagonistas, criando, no dizer de Carvalho e Baptista (2004), a chamada distância óptima, que conjuga racionalidade com sensibilidade e serenidade (p. 93). Na criação de pontes entre o indivíduo, a família, as instituições e a sociedade em geral, em áreas que vão desde lares da terceira idade, às escolas, prisões, hospitais e autarquias, ele desempenha o papel de um interlocutor privilegiado, apontando caminhos para a solução de problemas vividos e sentidos nos contextos em que intervém. 



Para Noguero e Solís (2003) o educador social marca a forma de trabalho no grupo, proporcionando ferramentas necessárias (atitudes, valores, capacidades, motivação, etc.) para que a autonomia do mesmo cresça progressivamente (…) (p. 7). A sua figura tem um caráter “eventual” no tempo de vida do grupo com o qual trabalha e, por conseguinte, trata de facilitar em todo o momento que o grupo aprenda e adquira os meios necessários para uma autogestão individual e coletiva (p. 7). Carvalho e Baptista (2004) referem quão difícil é conciliar num mesmo ator o desempenho simultâneo de papéis, pois consideram o educador social como um prático, porque é pragmático e concreto, como um militante, dado ser um idealista que luta pelas suas convicções e como um especialista, porque é um prospetivo que balança entre o militante e o prático (p. 84). Esta relação não pode ser conflitual, mas complementar. Além de tutor é também um mentor, companheiro que assegurará um desenvolvimento harmonioso de uma identidade pessoal e profissional com base na maturação decorrente de um autêntico encaminhamento identitário (p. 87), ouvinte, conselheiro, disponível, dialogante, amigo institucional. Referem-no, ainda, como um actor social, porque vive a complexidade da vida em sociedade, enquanto protagonista de um determinado contexto social e histórico-geográfico, como um educador porque procura viabilizar a escolha dos seus projetos, como um mediador social, porque resulta da dinâmica entre o ator e o educador, presente e distante, empreendedor, gestor de conflitos interpessoais e intergrupais, que, sem serem tomados como indivíduos providenciais, ajudam a procurar caminhos pessoais, promovendo a capacidade de decisão e de participação dos indivíduos ao mesmo tempo que são integrados em redes sociais que possam apoiar o processo de reconstrução das respectivas identidades (p. 92).


 Os educadores são, (…) promotores privilegiados da condição humana e é nesse sentido, justamente, que são reconhecidos como técnicos da relação, o que torna esse seu carácter técnico irredutível a qualquer lógica instrumental. Enquadrada por uma perspectiva pedagógica, a relação humana surge-nos sempre mais do que uma simples ferramenta (Carvalho e Baptista, 2004, pp. 95-96). 
O educador social é tido como uma referência, pois não está em causa apenas o saber mas o próprio educador como pessoa, com os seus medos, as suas angústias, as suas incertezas, as  suas dúvidas, as suas convicções, as suas verdades e os seus sonhos e é esta amálgama de sentimentos que lhe confere um papel determinante em todo o processo pedagógico. A sua intervenção acontece num espaço pedagógico subjetivo que o compromete com a promoção da cidadania e se pauta por valores éticos, enfrentando situações profissionais de conflito ou de dilema, sempre analisados numa atitude reflexiva. Não se pode escamotear que o papel do educador social tem sido objeto de auto e heterorreflexão que passa por um(a): - processo lento e recente da configuração profissional das incumbências; - dificuldade na partilha de funções com outras profissões da mesma área; já existentes ou apenas emergentes; - reservas quanto ao esboço de acções sistemáticas em prol de uma intervenção educativa não escolar; - peso de uma tradição voluntarista e benévola, entretanto, em crise; - instabilidade epistemológica no terreno da fundamentação científica dos respectivos saberes e práticas (Carvalho e Baptista, 2004, p. 85). A sua atuação assenta em modelos e princípios que evoluem com o tempo. Carvalho e Baptista (2004) falam-nos do modelo tutelar, do período caritativo, até 1965, que coloca o amor pelo outro como determinante na educação, sendo o educador uma figura familiar com autoridade e com sérios riscos de criar uma dependência, do modelo técnico, do período científico de 1965 a 1990, que apela ao rigor científico porque tem em conta a subjetividade do modelo anterior e o modelo reflexivo, a partir de 1990, em que o educador problematiza a complexa realidade das situações, impondo-se de forma autónoma e responsável, de acordo com os problemas que se lhe deparam (p. 103). Mas, em todos os momentos, é preciso respeitar os outros aplicando, no dizer de Carvalho e Baptista (2004), os princípios da liberdade, para nós e para os outros, da emancipação, atuando com independência, da verdade, cultivando a verdade e a autenticidade do valor da vida na relação com os outros, do autodesenvolvimento, onde o bem - estar físico, mental e social de todos é fundamental e da privacidade no respeito pela integridade do ser humano (p. 103). 


Carvalho, A. D e Baptista, I. (2004). Educação Social – Fundamentos e estratégias. Porto: Porto Editora. Carneiro, R. (2000). |O Futuro da Educação em Portugal. Rendências e Oportunidades. Lisboa: Ministério da Educação. Borda Cardoso, A. M. A. S. (s/d). Alguns desafios que se colocam à Educação Social. Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti. repositorio. esepf.pt/bitstream/handle/…/Cad_3Educacaosocial.pdf?. (Acedido em 2 de Outubro de 2011). Bottega, C. G. e Melro, A. R. C. (2010). Prazer e sofrimento no trabalho dos educadores sociais com adolescentes em situação de rua. Cadernos de Psicologia Social e do Trabalho, 13 (2), 259-275. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516- 37172010000200008&lng=pt&nrm=iso (Acedido em 16 de Outubro de 2011). Diaz, Soriano (2006). Uma Aproximação à Pedagogia - Educação Social Revista Lusófona de Educação, 7, 91-100. www.scielo.oces.mctes.pt/pdf/rle/n7a 06.pdf. (Acedido em 12 de Outubro de 2011). Gerson, Heidrich da Silva (2009). Educador social: uma identidade a caminho da profissionalização? Educação e Pesquisa, São Paulo, v.35, n.3, p. 479-493, http://redalyc.uaemex.mx/src/inicio/ArtPdfRed.jsp?iCve=29812452005. (Acedido em 2 de Outubro de 2011).

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Educador Social


Na Pedagogia Social  o Educador Social

Poderá ser um bom interlocutor ou um mediador preferencial em assuntos de interesse coletivo.

As áreas de intervenção do educador social são muito vastas:

saúde, infância, juventude, educação escolar, autarquias, justiça, reeducação, etc. 

A estes técnicos pede-se empenhamento, dedicação, criatividade e muita coragem. terão que saber ouvir com atenção, serem intervenientes e tolerantes.




domingo, 17 de julho de 2016

Pedagogia Social : Educação Social

O Educador Social tem a Pedagogia Social como referência. Distingue-se do Trabalhador Social pelo caráter de sua intervenção: o Educador Social atua no campo de intervenção sócio-educativa, enquanto ao Trabalhador Social compete a assistência social, a análise sistemática da realidade, a coleta de dados e de informações que subsidiam a própria intervenção do Educador Social.
Torna-se evidente o caráter interdisciplinar do trabalho social em ação. É a partir da integração em equipe, incluindo profissionais de diferentes áreas, que se viabilizam planos, programas, projetos de implementação, acompanhamento e avaliação nessa área. 


A Pedagogia Social, como uma das áreas no campo de Trabalho Social, envolve uma série de especialidades que, na classificação de Quintana, são as seguintes:
01- atenção à infância com problemas (abandono, ambiente familiar desestruturado...); 
02- atenção à adolescência (orientação pessoal e profissional, tempo  livre, férias...);  
03- atenção à juventude (política de juventude, associacionismo, voluntariado, atividades, emprego...) 
04- atenção à família em suas necessidades existenciais (famílias desestruturadas, adoção, separações...); 
05- atenção à terceira idade; 
06- atenção aos deficientes físicos, sensoriais e psíquicos; 
07- pedagogia hospitalar; 
08- prevenção e tratamento das toxicomanias e do alcoolismo; 
09- prevenção da delinqüência juvenil. (reeducação dos dissocializados); 
10- atenção a grupos marginalizados (imigrantes, minorias étnicas, presos e ex- presidiários); 
11- promoção da condição social da mulher; 
12- educação de adultos 
13- animação sócio-cultural.
Por serem decorrentes de necessidades sociais, essas áreas sofrem alterações. O próprio Quintana apresenta a questão dos meios de comunicação de massa e a polêmica em torno da existência ou não de uma Pedagogia Social dos meios de Comunicação Social. Coloca-se na defesa do duplo objeto da Pedagogia Social: socialização do indivíduo e Trabalho Social, remetendo à Pedagogia Especial as questões dos Meios de Comunicação, bem como da Pedagogia do Tempo Livre e Pedagogia Empresarial. 

Para autores como Ventosa educação para o trabalho distingue-se de educação de adultos, pela natureza das propostas; inclui novas áreas como educação cívica e educação para a paz. 


Entretanto, para fins de estruturação e estudo, pelas características próprias, as áreas de intervenção sócio-educacional podem ser organizadas em três grandes grupos que, separados ou integrados, respondem à diversidade de contextos e de intervenções. São eles: a Animação Sociocultural, a Educação de Adultos e a Educação Especializada. 
Ressalta-se, em conclusão, a necessidade de aprofundar discussões, ampliar domínio de conhecimentos teóricos e investir em pesquisas na área de Pedagogia Social – um dos desafios à formação do pedagogo – como alternativa à superação de práticas e intervenções sócio-educacionais determinadas pelo senso comum e pela cultura escolar.






Além da intervenção sobre a inadaptação social, o autor destaca outros enfoques da educação social no contexto espanhol: 

a) é compreendida como sinônimo de correta socialização; 
b) pressupõe intervenção qualificada de profissionais, a ajuda de recursos e presença de umas determinadas circunstâncias sobre um sistema social; 
c) refere-se também à aquisição de competências sociais; 
d) representa o conjunto de estratégias e intervenções sócio-comunitárias no meio  
social; 
e) é concebida como formação social e política do indivíduo, como educação política do cidadão; 
f) atua na prevenção de desvios sociais; 
g) define-se como trabalho social, entendido, programado e realizado desde a perspectiva educativa e não meramente assistencialista; 
h) é definida como ação educadora da sociedade.

Para autores como Ventosa educação para o trabalho distingue-se de educação de adultos, pela natureza das propostas; inclui novas áreas como educação cívica e educação para a paz. 
Entretanto, para fins de estruturação e estudo, pelas características próprias, as áreas de intervenção sócio-educacional podem ser organizadas em três grandes grupos que, separados ou integrados, respondem à diversidade de contextos e de intervenções. São eles: a Animação Sociocultural, a Educação de Adultos e a Educação Especializada. 
Ressalta-se, em conclusão, a necessidade de aprofundar discussões, ampliar domínio de conhecimentos teóricos e investir em pesquisas na área de Pedagogia Social – um dos desafios à formação do pedagogo – como alternativa à superação de práticas e intervenções sócio-educacionais determinadas pelo senso comum e pela cultura escolar.


http://www.boaaula.com.br/iolanda/producao/me/pubonline/evelcy17art.html