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quarta-feira, 24 de janeiro de 2018
O Educador Social
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humano,
O papel do Educador Social,
Pedagogia Social,
respeito,
responsabilidade,
sensibilidade
quinta-feira, 18 de janeiro de 2018
O papel do Educador Social (1ª parte)
Um educador social faz escolhas que vão desde trabalhar com pessoas que, nos mais
distintos momentos e nas mais distintas circunstâncias, precisam de apoio porque sofrem ou
têm problemas com os quais não sabem ou não podem lidar. É um trabalho que não basta
apenas saber fazer, mas gostar de fazer, sendo muito importantes as motivações, a empatia, o
compromisso com a mudança, o crescimento pessoal. Como tal, torna-se primordial conhecer
as suas aptidões e capacidades bem como as suas limitações, no sentido de superar obstáculos,
pois cada educador social tem um estilo próprio, pessoal e único em saber e em fazer.
A formação de um educador social nasce da interceção de várias práticas e identidades
profissionais, que têm em comum uma intencionalidade educativa e uma intervenção em e a
partir dos mais variados contextos. A sua ação não pode continuar a ser vista como uma
experiência inacabada e imperfeita e como tal necessita, sempre e cada vez mais, de uma sustentação teórica e prática adequada aos desafios que a sociedade lhe coloca. Ele é um
dinamizador de grupos, capaz de lidar com os afetos, as emoções, as angústias, os êxitos e as
desilusões das pessoas, um agente promotor de mudanças e de aproveitamento dos recursos
humanos e materiais disponíveis, quer a nível local, quer a nível regional. As suas áreas de
intervenção vão desde a saúde, à infância e juventude, à educação escolar, às autarquias, à
justiça e à reeducação, onde é um interlocutor e um mediador privilegiado em assuntos que
interessam ao coletivo. Atua no terreno como autor/ator de estratégias contextualizadas,
criando pontes socioeducativas que, com o apoio da teoria e da prática, o levam a gerir as
problemáticas sociais da realidade em que intervém. Para tal, visando a melhoria do seu
desempenho profissional, deve aprofundar as suas qualidades pessoais, fazendo da paciência,
da tolerância, do autocontrolo, da empatia, do altruísmo e do equilíbrio as armas fundamentais
para um trabalho de sucesso.
O papel do educador social
O educador social desempenha um papel importante junto dos sujeitos com os quais interage, pois dele depende uma integração social positiva nos contextos em que vivem. O seu trabalho, orientado por critérios de competência profissional baseada em metodologias e técnicas orientadas para uma prática social de intervenção, corresponde, no dizer da Carvalho e Baptista (2004), a um espaço profissional desenhado no ponto de encontro, e de cruzamento, entre a área de trabalho social e da área da educação (p. 83). A sua relação com os outros deve pautar-se por comportamentos de respeito e de combate a todas as situações discriminatórias, trabalhando, no dizer de Diaz (2006) para uma socialização terciária (…) ou seja, o processo mediante o qual se pretende que um indivíduo se reintegre na sociedade depois de ter revelado condutas anti-sociais, associais o dissociais (p. 100), visando a inclusão plena dos diversos atores sociais. Segundo Borda Cardoso (s/d) a definição do papel profissional do Educador Social passa pelo tipo de desempenho que dele se espera, do que ele sabe e é capaz de fazer no quadro das competências para que foi preparado e das respostas emergentes aos desafios laborais (p. 8). Para Noguero e Solís (2003) o objetivo final das ações do educador social é conseguir a participação de todos os membros do grupo com o fim de transformar a realidade. (…) supõe a criação de um processo de ensino – aprendizagem de uma série de valores, atitudes e estratégias que estejam de acordo com o espírito crítico, a participação ativa, a transformação social, etc. (p.6). Ao procurar consolidar e renovar as redes sociais já existentes, pode, também, criar novas redes de espaços de pertença e referência afetiva, atuando de forma direta, mas sem tomar partido ou dar a solução. Deve escutar, estar atento, conduzir as respostas dos verdadeiros protagonistas, criando, no dizer de Carvalho e Baptista (2004), a chamada distância óptima, que conjuga racionalidade com sensibilidade e serenidade (p. 93). Na criação de pontes entre o indivíduo, a família, as instituições e a sociedade em geral, em áreas que vão desde lares da terceira idade, às escolas, prisões, hospitais e autarquias, ele desempenha o papel de um interlocutor privilegiado, apontando caminhos para a solução de problemas vividos e sentidos nos contextos em que intervém.
Para Noguero e Solís (2003) o educador social marca a forma de trabalho no grupo, proporcionando ferramentas necessárias (atitudes, valores, capacidades, motivação, etc.) para que a autonomia do mesmo cresça progressivamente (…) (p. 7). A sua figura tem um caráter “eventual” no tempo de vida do grupo com o qual trabalha e, por conseguinte, trata de facilitar em todo o momento que o grupo aprenda e adquira os meios necessários para uma autogestão individual e coletiva (p. 7). Carvalho e Baptista (2004) referem quão difícil é conciliar num mesmo ator o desempenho simultâneo de papéis, pois consideram o educador social como um prático, porque é pragmático e concreto, como um militante, dado ser um idealista que luta pelas suas convicções e como um especialista, porque é um prospetivo que balança entre o militante e o prático (p. 84). Esta relação não pode ser conflitual, mas complementar. Além de tutor é também um mentor, companheiro que assegurará um desenvolvimento harmonioso de uma identidade pessoal e profissional com base na maturação decorrente de um autêntico encaminhamento identitário (p. 87), ouvinte, conselheiro, disponível, dialogante, amigo institucional. Referem-no, ainda, como um actor social, porque vive a complexidade da vida em sociedade, enquanto protagonista de um determinado contexto social e histórico-geográfico, como um educador porque procura viabilizar a escolha dos seus projetos, como um mediador social, porque resulta da dinâmica entre o ator e o educador, presente e distante, empreendedor, gestor de conflitos interpessoais e intergrupais, que, sem serem tomados como indivíduos providenciais, ajudam a procurar caminhos pessoais, promovendo a capacidade de decisão e de participação dos indivíduos ao mesmo tempo que são integrados em redes sociais que possam apoiar o processo de reconstrução das respectivas identidades (p. 92).
Os educadores são, (…) promotores privilegiados da condição humana e é nesse sentido, justamente, que são reconhecidos como técnicos da relação, o que torna esse seu carácter técnico irredutível a qualquer lógica instrumental. Enquadrada por uma perspectiva pedagógica, a relação humana surge-nos sempre mais do que uma simples ferramenta (Carvalho e Baptista, 2004, pp. 95-96).
O papel do educador social
O educador social desempenha um papel importante junto dos sujeitos com os quais interage, pois dele depende uma integração social positiva nos contextos em que vivem. O seu trabalho, orientado por critérios de competência profissional baseada em metodologias e técnicas orientadas para uma prática social de intervenção, corresponde, no dizer da Carvalho e Baptista (2004), a um espaço profissional desenhado no ponto de encontro, e de cruzamento, entre a área de trabalho social e da área da educação (p. 83). A sua relação com os outros deve pautar-se por comportamentos de respeito e de combate a todas as situações discriminatórias, trabalhando, no dizer de Diaz (2006) para uma socialização terciária (…) ou seja, o processo mediante o qual se pretende que um indivíduo se reintegre na sociedade depois de ter revelado condutas anti-sociais, associais o dissociais (p. 100), visando a inclusão plena dos diversos atores sociais. Segundo Borda Cardoso (s/d) a definição do papel profissional do Educador Social passa pelo tipo de desempenho que dele se espera, do que ele sabe e é capaz de fazer no quadro das competências para que foi preparado e das respostas emergentes aos desafios laborais (p. 8). Para Noguero e Solís (2003) o objetivo final das ações do educador social é conseguir a participação de todos os membros do grupo com o fim de transformar a realidade. (…) supõe a criação de um processo de ensino – aprendizagem de uma série de valores, atitudes e estratégias que estejam de acordo com o espírito crítico, a participação ativa, a transformação social, etc. (p.6). Ao procurar consolidar e renovar as redes sociais já existentes, pode, também, criar novas redes de espaços de pertença e referência afetiva, atuando de forma direta, mas sem tomar partido ou dar a solução. Deve escutar, estar atento, conduzir as respostas dos verdadeiros protagonistas, criando, no dizer de Carvalho e Baptista (2004), a chamada distância óptima, que conjuga racionalidade com sensibilidade e serenidade (p. 93). Na criação de pontes entre o indivíduo, a família, as instituições e a sociedade em geral, em áreas que vão desde lares da terceira idade, às escolas, prisões, hospitais e autarquias, ele desempenha o papel de um interlocutor privilegiado, apontando caminhos para a solução de problemas vividos e sentidos nos contextos em que intervém.
Para Noguero e Solís (2003) o educador social marca a forma de trabalho no grupo, proporcionando ferramentas necessárias (atitudes, valores, capacidades, motivação, etc.) para que a autonomia do mesmo cresça progressivamente (…) (p. 7). A sua figura tem um caráter “eventual” no tempo de vida do grupo com o qual trabalha e, por conseguinte, trata de facilitar em todo o momento que o grupo aprenda e adquira os meios necessários para uma autogestão individual e coletiva (p. 7). Carvalho e Baptista (2004) referem quão difícil é conciliar num mesmo ator o desempenho simultâneo de papéis, pois consideram o educador social como um prático, porque é pragmático e concreto, como um militante, dado ser um idealista que luta pelas suas convicções e como um especialista, porque é um prospetivo que balança entre o militante e o prático (p. 84). Esta relação não pode ser conflitual, mas complementar. Além de tutor é também um mentor, companheiro que assegurará um desenvolvimento harmonioso de uma identidade pessoal e profissional com base na maturação decorrente de um autêntico encaminhamento identitário (p. 87), ouvinte, conselheiro, disponível, dialogante, amigo institucional. Referem-no, ainda, como um actor social, porque vive a complexidade da vida em sociedade, enquanto protagonista de um determinado contexto social e histórico-geográfico, como um educador porque procura viabilizar a escolha dos seus projetos, como um mediador social, porque resulta da dinâmica entre o ator e o educador, presente e distante, empreendedor, gestor de conflitos interpessoais e intergrupais, que, sem serem tomados como indivíduos providenciais, ajudam a procurar caminhos pessoais, promovendo a capacidade de decisão e de participação dos indivíduos ao mesmo tempo que são integrados em redes sociais que possam apoiar o processo de reconstrução das respectivas identidades (p. 92).
Os educadores são, (…) promotores privilegiados da condição humana e é nesse sentido, justamente, que são reconhecidos como técnicos da relação, o que torna esse seu carácter técnico irredutível a qualquer lógica instrumental. Enquadrada por uma perspectiva pedagógica, a relação humana surge-nos sempre mais do que uma simples ferramenta (Carvalho e Baptista, 2004, pp. 95-96).
O educador social é tido como uma referência, pois não está em causa apenas o saber mas
o próprio educador como pessoa, com os seus medos, as suas angústias, as suas incertezas, as suas dúvidas, as suas convicções, as suas verdades e os seus sonhos e é esta amálgama de
sentimentos que lhe confere um papel determinante em todo o processo pedagógico. A sua
intervenção acontece num espaço pedagógico subjetivo que o compromete com a promoção
da cidadania e se pauta por valores éticos, enfrentando situações profissionais de conflito ou
de dilema, sempre analisados numa atitude reflexiva.
Não se pode escamotear que o papel do educador social tem sido objeto de auto e
heterorreflexão que passa por um(a):
- processo lento e recente da configuração profissional das incumbências;
- dificuldade na partilha de funções com outras profissões da mesma área; já existentes
ou apenas emergentes;
- reservas quanto ao esboço de acções sistemáticas em prol de uma intervenção
educativa não escolar;
- peso de uma tradição voluntarista e benévola, entretanto, em crise;
- instabilidade epistemológica no terreno da fundamentação científica dos respectivos
saberes e práticas (Carvalho e Baptista, 2004, p. 85).
A sua atuação assenta em modelos e princípios que evoluem com o tempo. Carvalho e
Baptista (2004) falam-nos do modelo tutelar, do período caritativo, até 1965, que coloca o amor
pelo outro como determinante na educação, sendo o educador uma figura familiar com
autoridade e com sérios riscos de criar uma dependência, do modelo técnico, do período
científico de 1965 a 1990, que apela ao rigor científico porque tem em conta a subjetividade do
modelo anterior e o modelo reflexivo, a partir de 1990, em que o educador problematiza a
complexa realidade das situações, impondo-se de forma autónoma e responsável, de acordo
com os problemas que se lhe deparam (p. 103).
Mas, em todos os momentos, é preciso respeitar os outros aplicando, no dizer de Carvalho
e Baptista (2004), os princípios da liberdade, para nós e para os outros, da emancipação, atuando
com independência, da verdade, cultivando a verdade e a autenticidade do valor da vida na
relação com os outros, do autodesenvolvimento, onde o bem - estar físico, mental e social de todos
é fundamental e da privacidade no respeito pela integridade do ser humano (p. 103).
Carvalho, A. D e Baptista, I. (2004). Educação Social – Fundamentos e estratégias. Porto: Porto
Editora.
Carneiro, R. (2000). |O Futuro da Educação em Portugal. Rendências e Oportunidades. Lisboa:
Ministério da Educação.
Borda Cardoso, A. M. A. S. (s/d). Alguns desafios que se colocam à Educação Social. Escola Superior
de Educação de Paula Frassinetti. repositorio.
esepf.pt/bitstream/handle/…/Cad_3Educacaosocial.pdf?. (Acedido em 2 de
Outubro de 2011).
Bottega, C. G. e Melro, A. R. C. (2010). Prazer e sofrimento no trabalho dos educadores
sociais com adolescentes em situação de rua. Cadernos de Psicologia Social e do Trabalho, 13
(2), 259-275.
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-
37172010000200008&lng=pt&nrm=iso (Acedido em 16 de Outubro de 2011).
Diaz, Soriano (2006). Uma Aproximação à Pedagogia - Educação Social Revista Lusófona de
Educação, 7, 91-100. www.scielo.oces.mctes.pt/pdf/rle/n7a 06.pdf. (Acedido em 12
de Outubro de 2011).
Gerson, Heidrich da Silva (2009). Educador social: uma identidade a caminho da profissionalização?
Educação e Pesquisa, São Paulo, v.35, n.3, p. 479-493,
http://redalyc.uaemex.mx/src/inicio/ArtPdfRed.jsp?iCve=29812452005. (Acedido
em 2 de Outubro de 2011).
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