quarta-feira, 27 de abril de 2016

Projeto escolar para as crianças aprenderem a gerir as emoções.

A nova geração de crian­ças e adolescentes tem desa­fiado pais e educadores a lidar com um novo perfil de com­portamento. Guiados pelas tecnologias, eles são movidos por tablets e celulares, têm se distanciado de atividades em grupo e passam a enfrentar dificuldades para lidar com frustrações na infância e com os desafios da vida adulta. Os pais, por sua vez, para conse­guir proporcionar à família um bom padrão de vida se subme­tem a rotinas de trabalho exte­nuantes e acabam tendo menos tempo para acompanhar as ne­cessidades de seus filhos.
Para auxiliar os educadores a lidarem com esses desafios, algumas escolas têm recorrido a disciplinas focadas nas necessi­dades emocionais das crianças e adolescentes. Em Ribeirão Preto, algumas escolas implantaram na estrutura curricular a Escola da Inteligência. A metodologia foi desenvolvida pelo psiquiatra, psicoterapeuta, pesquisador e escritor Augusto Cury e se ba­seia na Teoria da Inteligência Multifocal para desenvolver habilidades socioemocionais nos alunos, na família e nos professores. O programa já está sendo usado por mais de 200 mil alunos no Brasil e exterior e tem apresentado resultados expressivos como melhor ca­pacidade de concentração, au­mento do respeito e da tolerân­cia, bem como a diminuição da violência e do bullying.
A metodologia é fundamen­tada em materiais didáticos e debates de ideias que são apre­sentados de forma lúdica aos alunos. Um professor do próprio colégio é capacitado pelos ins­trutores da Escola da Inteligência e se torna apto a trabalhar com crianças desde os quatro anos, até alunos do 3º ano do Ensino Médio. “O professor vai aplicar ensinamentos para promover habilidades socioemocionais dos alunos, como gerenciar seus pensamentos, ampliar o autoco­nhecimento, se colocar no lugar do outro, lidar com a intolerân­cia e a falta de empatia. Da mes­ma forma como ele aprende as habilidades cognitivas, como a leitura, aptidões para calcular, percepção e foco”, explica Bru­no Alves Oliveira, presidente do Grupo Educacional Augusto Cury, que é especialista em psi­cologia multifocal e máster nos estados Unidos.
As aulas são inseridas na estrutura curricular da escola e acon­tecem uma vez por semana. Os temas são trabalhados por meio da reflexão. O professor promo­ve debates para que os alunos saibam lidar, por exemplo, com o nervosismo e adquiram auto­controle. Um dos jogos propos­tos aos alunos se chama “Cidade da Memória”. Nele, há vários bairros, como o da reclamação, por exemplo. “Nesta brinca­deira os alunos aprendem que, como nas cidades físicas gera­mos lixo, na nossa mente gera­mos o lixo psíquico, que preci­sa ser reciclado para que não vivamos em um bairro sujo e degradado”, explica Oliveira.


Interação familiar – A competitividade no mercado de trabalho e o crescimento das despesas familiares têm forçado muitos pais a ampliar sua jor­nada de trabalho. Este cenário faz com que eles passem me­nos tempo ao lado dos filhos e, quando chegam em casa, estão tão extenuados que não conse-guem interagir com as crianças e adolescentes. Nasce aí o con­flito e a culpa de pais e mães. Para compensar, eles se tornam muito permissivos e superpro­tetores, o que acaba por agravar ainda mais os perfis de crianças que têm dificuldades para lidar com as emoções. Futuramente eles se tornarão adultos frus­trados. “Os pais estão perdidos. Para eles, é muito mais fácil fa­lar sim, do que não. Ao invés de terceirizar a educação dos filhos eles precisam compartilhar suas histórias”, alerta o especialista.
Durante as aulas de In­teligência Emocional há ativi­dades que incentivam os pais a falarem com seus filhos sobre seus fracassos e dificuldades. “É importante que os pais não poupem seus filhos de suas an­gústias. Eles precisam aprender a lidar com os sentimentos nega­tivos”. Bruno cita como exemplo, uma situação na qual, em uma brincadeira livre, uma criança empurra a outra. Neste caso é preciso que ela saiba lidar com a situação. Mas se os pais a pou­pam deste tipo de experiência ela não terá essa bagagem emocio­nal. Quando se tornar um pro­fissional ela terá problemas de comportamento que, segundo Oliveira, é uma das principais causas de demissão apontada por várias pesquisas que avaliam o ambiente corporativo.


Excesso de informações – Um dos problemas da geração atual é o excesso de informações, que não necessariamente gera conhecimento. “As crianças são submetidas a um ambiente com muitos estímulos. Na TV são vários diálogos ao mesmo tem­po. Elas passam horas utilizando tablets e celulares. Além disso, fa­zem uma série de atividades ex­tracurriculares, como balé, judô, inglês, natação”.
Todo este ambiente faz com que elas possam sofrer do que Augusto Cury chama de Sín­drome do Pensamento Acele-rado (SPA). “Essa situação é uma bomba para a saúde men­tal causando problemas físicos como transtorno do sono, dores de cabeça e musculares”, alerta o especialista. O mais grave é que muitas vezes a SPA é con­fundida com o Transtorno do Déficit de Atenção com Hipe-ratividade (TDAH), que é raro, mas tem sido diagnosticado com frequência, levando as crianças a fazerem uso de medicamentos desnecessariamente, ao invés de serem orientadas a lidar melhor com suas emoções.
Letícia Tozetti
http://www.tribunaribeirao.com.br/aplicativo/escolas-ganham-nova-disciplina-para-tratar-das-emocoes/

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Ensino de música eleva desempenho escolar



               Pesquisa pioneira conduzida pela Unifesp analisa comportamento

              de estudantes com idades entre 8 e 10 anos


Um estudo recente conduzido pelo departamento de psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em parceria com o Instituto ABCD, que ajuda na identificação e tratamento de distúrbios de aprendizagem, encontrou evidências de que o ensino de música tem efeito positivo no desempenho acadêmico de crianças e adolescentes, além de melhorar suas habilidades de leitura. A pesquisa é a primeira no mundo a mensurar esse impacto. Os resultados serão publicados neste mês no periódico científico PLoS One.
De acordo com o pesquisador Hugo Cogo Moreira, pós-doutorando da Unifesp e autor da pesquisa, as investigações sobre o tema realizadas até hoje se restringem a teorias que explicam por que a música afeta o desenvolvimento intelectual de crianças em idade escolar. "Nunca, porém, essas teorias foram testadas dentro da sala de aula. Por isso, tudo o que tínhamos até agora era puramente teórico. Essa falta de evidências me levou a encabeçar o primeiro estudo clínico sobre o assunto."

Para a pesquisa, Moreira selecionou dez escolas da rede pública de São Paulo. Em cada uma delas, participaram do experimento 27 estudantes com idades entre 8 e 10 anos que comprovadamente apresentavam dificuldades de leitura. As instituições foram então separadas em dois grupos: o primeiro, chamado intervenção, recebeu aulas de música três vezes por semana durante cinco meses; o segundo, chamado controle, não recebeu nenhum tipo de atenção especial. A função do segundo grupo é servir de base para comparação.
Nas escolas do primeiro grupo, as aulas foram ministradas por dois professores. A preocupação era garantir que as lições não seriam interrompidas - quando um professor faltava, havia outro profissional de plantão. Os docentes também foram avaliados a cada 15 dias pela equipe da Unifesp para garantir que as aulas seguiam os mesmos padrões em todas as escolas, evitando assim que um determinado grupo de alunos fosse privilegiado ou prejudicado involuntariamente. Em sala, as crianças foram estimuladas a compor, cantar, improvisar e fazer exercícios rítmicos utilizando uma flauta doce barroca, principal instrumento usado na pesquisa. 


Ao fim da investigação, foram feitas duas análises dos dados. Na primeira, as crianças que tiveram aulas de música foram comparadas àquelas que estavam nas escolas-intervenção mas que não compareceram a nenhuma aula. Os alunos que assistiram a todas as aulas foram capazes de ler corretamente, em média, 14 palavras a mais por minuto, demostrando maior fluência. Além disso, foi constatado que, a cada bimestre, a nota final na disciplina de português dessas mesmas crianças aumentou em média 0,77 ponto, o que significa mais de 3 pontos ao fim de um ano letivo. Em matemática, o crescimento registrado foi um pouco inferior, mas igualmente significativo: 0,49 ponto a cada bimestre, ou 1,9 ponto ao fim do ano.

Na segunda análise conduzida por Moreira, o estudo comparou as crianças das escolas-intervenção com as das unidades-controle. Os resultados foram menos expressivos do que os da primeira análise, mas apontaram igualmente para uma melhora no desempenho acadêmico. As notas de matemática e de português subiram, respectivamente, 0,25 e 0,21 ponto por bimestre, ou 1 e 0,8 ponto até o fim do ano letivo. Houve melhora também no tocante à leitura: as crianças do primeiro grupo leram corretamente 2,5 palavras a mais por minuto. "Por se tratar de um estudo pioneiro, ele não é conclusivo em relação ao impacto real das aulas de música, mas certamente oferece indícios fortes o suficiente para que novas pesquisas investiguem a fundo o tema", diz o pesquisador.
De acordo com a lei nº 11.769, todas as escolas públicas e privadas do Brasil devem incluir o ensino de música em sua grade curricular. A lei não precisa, contudo, se as aulas devem ser dadas em todas as séries ou como devem ser incluídas na rotina escolar. Também não há informação sobre a carga horária mínima.
Apesar das evidências de que o conteúdo musical pode ter um impacto positivo no desempenho acadêmico dos alunos, os especialistas alertam: antes de inchar o currículo acadêmico com novas disciplinas, é preciso garantir que o aprendizado das disciplinas essenciais - o que ainda não acontece no Brasil.
http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/estudo-relaciona-ensino-de-musica-a-desempenho-academico-e-habilidades-de-leitura

Para a pessoa se poder dar não se pode esquecer dela própria.

Não se faça em pedaços para manter os outros completos



Frequentemente nos quebramos em pedaços para manter outras pessoas completas,para não abrir feridas ou não deixar que doam nelas aquelas feridas que já têm. Fazemos isso sem nos darmos conta ou, ao menos, sem darmos importância a isso.
Quando nos acostumamos a dar sem receber acabamos sentindo que dedicar-nos a nós mesmos é algo egoísta, mas nada mais longe da verdade. A troca é essencial em toda relação e toda pessoa precisa dela sendo um ser emocional.
Amar a nós mesmos é algo que devemos cultivar todos os dias para nos manter completos. Porque quando estamos despedaçados uma consequência direta é o sofrimento, e esta não deixa darmos o melhor de nós mesmos.

Quando ficamos em pedaços?

  • Ficamos em pedaços quando deixamos de cuidar de nós.
  • Ficamos em pedaços quando evitamos fazer aquilo que gostamos.
  • Nos despedaçamos quando deixamos de cultivar nossa felicidade ou quando postergamos nossos interesses.
  • Nos partimos em pedaços quando não nos escutamos nem nos prestamos ajuda.
  • Nos partimos em pedaços quando priorizamos as necessidades dos outros e não prestamos atenção às nossas.
  • Quando queremos ser perfeitos e deixamos de ser nós mesmos.
  • Quando tentamos agradar e maquiar nossa realidade ou nossa opinião.
  • Quando nos esquecemos do que precisamos e nos obrigamos a passar na frente de nossas necessidades os desejos dos outros.
  • Quando transformamos o sacrifício em obrigação.
  • Quando achamos que somos pessoas más porque nos afastamos de um ambiente que nos faz mal para respirar aliviados.
  • Quando cedemos a chantagens emocionais e favores que impedem nosso próprio crescimento.
  • Quando sacrificamos nosso bem-estar e nos deixamos levar pela inércia de quem nos acompanha mas nos atrasa, deixando de lado o que nos agrada para fazer com que os outros se sintam bem.
É complicado sim, por isso devemos optar pelo equilíbrio entre as paixões, o cuidado e a dedicação a si mesmo e ao outro. Se assim fizermos, viveremos deliciosamente contemplando nossa essência plena, sem exceções ou poréns.


Às vezes devemos esquecer o que sentimos para lembrar 

o que merecemos

Quando não temos reciprocidade estamos sendo agressivos com o princípio do equilíbrio, que devemos manter sempre para termos sucesso em nos mantermos completos e não nos despedaçarmos.
Devemos lembrar que as relações afetivas não são uma mera interação, mas exigem uma troca equilibrada e satisfatória que faça sentido quando colocada na nossa balançasocial e afetiva.
 Ou seja, não podemos fazer de nossas relações apenas oportunidades de "dar", mas também devemos procurar que haja um equilibrio com o "receber". Isso não é egoista nem mesquinho, mas sim enriquecedor.

Quem dá tudo em primeiro pessoa, quem se oferece inteiramente aos outros, não recebe nada em troca e não trabalha em si mesmo, termina sentindo-se vazio e machucado. Não podemos deixar de lado nossa autoestima para procurar a felicidade alheia, pois acabamos sendo vítimas da nossa própria atitude.

Só jogando com o interesse pessoal e o alheio podemos cultivar nosso próprio desenvolvimento sem deixar de lado o outro. Ou seja, mantendo a balança equilibrada, numa linha reta e perfeita.
Dar e receber são partes de um todo. Quando alcançado, esse todo nos faz sentir capazes de amar e merecedores de amor e reconhecimento. Baseando-se nisso devemos ser capazes de:
  • Manter nossos direitos: pode ser que em algum momento haja algo que não nos fará bem ou que simplesmente não nos agradará fazer. Nesse momento devemos fazer valer nosso direito de manter nosso próprio espaço.
  • Cultivar nossos interesses e passatempos: esta é a base para a satisfação, para a felicidade e para o crescimento pessoal. É importante que não deixemos de nos cuidar e de dar alimento aos nossos desejos.
Lembre-se de que as grandes mudanças sempre vêm acompanhadas de algumas dificuldades. Ainda que a mudança doa e seja incômoda, a melhora gradual lhe mostrará que longe de ser um fim, é a oportunidade do início de um grande momento emocional.

http://amenteemaravilhosa.com.br/nao-faca-pedacos-manter-outros-completos/?utm_medium=post&utm_source=website&utm_campaign=popular



Para lidar com situações complicadas é importante ter uma distancia emocional.

Para ter força para lidar com situações complicadas devemos aprender a tomar uma certa distância emocional, a questionar o que se apresenta para nós e a pensar antes de tomar qualquer decisão. Como com tudo na vida, para aprender isso é necessário tempo e experiência, muita experiência.

Assim, podemos dizer que a distância emocional é uma regra implícita que nos permite ver e sentir as coisas de uma outra maneira, pois damos tempo para que as emoções como a raiva percam força e podemos então entender melhor nossos sentimentos, os quais nos permitem compreender com mais clareza o que pensamos e como queremos realmente agir.

Ou seja, fazer isso, se distanciar, serve para lidar melhor com nossas emoções e assim conseguir coerência entre nossas opiniões e nossas ações sobre um tema determinado, como por exemplo as atitudes de uma pessoa.


Como nos distanciarmos emocionalmente de uma situação?

Agora, como fazer isso? Como te distanciar emocionalmente de uma situação? Essa resposta não tem uma fórmula mágica, pois depende de muitos fatores pessoais e circunstanciais, assim como fatores relacionais.
Há pessoas às quais damos enorme importância, e nos distanciarmos das emoções que temos quando estamos com elas é, sem dúvida, uma das tarefas mais complicadas que temos que concluir na hora de montar o quebra-cabeça para compreender o que está acontecendo.
Mesmo assim, e mesmo considerando que não temos uma receita perfeita que nos leve a tomar a distância ideal do melhor modo possível, podemos destacar a maior parte dos ingredientes que acabam nos faltando para conseguirmos nos distanciar emocionalmente nas situações mais difíceis para nós.
Conforme já falamos, é indispensável que respeitemos o tempo, pois tempo é necessário para vermos mais nitidamente nossas emoções. Metaforicamente, podemos ilustrar essa questão com as cores dos semáforos: vermelho, amarelo e verde.




Diante de uma afronta, provavelmente a luz amarela pisca para rapidamente passar ao vermelho. Ou seja, quando somos invadidos, por exemplo, pela raiva, pela tristeza, pela alegria ou por qualquer outra emoção, nosso semáforo rapidamente se torna vermelho, e nesse momento não devemos tomar decisões.
Com o semáforo vermelho devemos frear a nossa reação emocional e esperar um tempo para compreender exatamente o que pensamos, sentimos e o que vamos fazer.
Observa, olha e afasta-te se for necessário, mas não tomes decisões permanentes a partir de emoções que são temporárias, ainda que tenhas vontade de dizer muitas coisas em determinadas situações ou de gritar, podes manchar-te para sempre. Dá tempo para que as tuas emoções se estabilizem novamente, vai dar um passeio, pinta um desenho ou deixa passar uns dias antes de decidires e lidares com a situação ou pessoa que te irritou ou entristeceu.
Quando o tempo passa algumas coisas simplesmente deixam de ter importância, e alguns detalhes que antes eram angustiantes passam a ser amenidades que relativizamos e aceitamos como inerentes às circunstâncias.
Digamos que é graças ao tempo que nos afastamos e deixamos de reagir com intensidade emocional, evitando gerar decepções, expectativas e traições. Conseguir, enfim, não ser controlado por nossas emoções é possível, mas é uma habilidade que se aprende somente com a prática.

A bússola interna, um grande benefício ganho com a distância emocional
No momento em que conseguimos criar uma distância emocional perante uma situação, podemos escutar o que diz a nossa bússola interna que nos dá intuições sobre o que está bem e o que está mal. Essas intuições muitas vezes são certas, posto que se baseiam nos nossos sentimentos, muito mais duradouros que as nossas emoções.
Então, as decisões que tomamos a respeito dos demais e do que aconteceu serão muito melhores e mais coerentes com o que sentimos e pensamos verdadeiramente. Aqui podemos saber o que merece atenção e o que pode ser ignorado, fomentando um sentimento bom e impedindo que soframos por aquelas coisas que não podemos controlar.
Resumidamente, é muito importante que diante de situações complicadas ou com muita carga e intensidade emocional criemos uma distância, pois assim teremos sucesso em ver que os aspectos mais passageiros de nossas emoções nos confundem, e então não nos arrependeremos de agir de uma ou outra forma.

http://soutaoboa.com/nao-fico-raiva-so-olho-penso-afasto-me/


terça-feira, 12 de abril de 2016

Formas de Bullying



Projeto Amélia


Uma ONG cujo objectivo passa por transportar equipas de médicos a zonas atingidas por desastres naturais, oferecer voos a crianças com cancro e disponibilizar um avião que consiga aterrar em terra batida.
Para divulgar o projecto propôs-se, em 2015, a viver 60 dias em 60 aeroportos. Uma primeira iniciativa que não levou até ao fim por determinação do médico e do seu corpo, que cedeu face ao esforço. Mesmo assim, conseguiu angariar cerca de 17 mil euros e ergueu uma estrutura capaz de organizar voos humanitários.
Mas a sua missão continua em marcha e Fernando Pinho volta agora ao aeroporto de Lisboa com a campanha “24 horas 24 dias” em que 24 figuras públicas (aceitaram 15), uma por dia, dispõem-se a passar 24 horas na Portela e chamar a atenção para o objectivo do Projeto Amélia e da World Child Cancer (WCC): ajudar 2700 crianças com cancro em Myanmar (antiga Birmânia) a chegar ao único hospital que as pode tratar.





A campanha começa hoje, a 30 de Março, e termina a 23 de Abril e nomes como José Fidalgo, Sofia Nicholson, Liliana Campos, Fernando Alvim, Sofia Escobar, Sofia Arruda já confirmaram a estadia no aeroporto. O que se pretende é angariar 45 mil euros, “valor do aluguer de um avião que vai servir para transportar mil crianças num mês ao único hospital pediátrico da Birmânia.”




http://media.rtp.pt/blogs/agoranos/videos/projeto-amelia-ajuda-criancas-com-cancro#sthash.vKScM3Iw.gOEhpmI7.dpuf

http://www.ofabulosodestinodemariaamelia.pt/projeto-amelia/







http://media.rtp.pt/blogs/agoranos/videos/projeto-amelia-ajuda-criancas-com-cancro

O grito da Humanidade





No filme "O Grande Ditador", Charlie Chaplin faz um discurso inspirador para toda a Humanidade. 
A profundidade e alcance do discurso percorre todos os tempos, países e culturas e merece ser partilhado!
"Charlie Chaplin! Uma obra-prima da arte do cinema! 
O grito do humanismo na arte de representar... tão belo... tão atual.."



"Charlie Chaplin! Uma obra-prima da arte do cinema! 
O grito do humanismo na arte de representar... tão belo... tão atual.."


https://www.youtube.com/watch?v=K2K9519Upes

segunda-feira, 11 de abril de 2016

COMO MINISTRAR CONTEÚDOS COM O COCHICHO?

O cochicho é ujogo operatório vibrante, que envolve emocionalmente os alunos, e se presta ao desenvolvimento de qualquer conteúdo curricular para qualquer série ou ciclo de estudos. Vale-se da organização dos alunos em grupos ou equipes de quatro a sete componentes e para seu desenvolvimento é essencial que o professor trabalhe um tema do qual os alunos tenham algum conhecimento. Embora realizado pelos alunos organizados em grupospermite identificar o desempenho individual de cada aluno.
Para que exista esse conhecimento prévio sobre o tema, o professor pode solicitar uma leitura, pesquisa bibliográfica ou apresentar uma síntese, enriquecida por perguntas diversas que os alunos devem buscar responder. Com o tema ou conteúdo escolar definido e os alunos organizados em grupos marca-se a aula em que se aplicará o Cochicho. Iniciada a atividade, solicita-se que cada aluno disponha de uma tira de papel com aproximadamente vinte centímetros de altura e quatro de largura. Essa tira de papel, deverá ser dividida em outras duas, a primeira formando um pequeno quadrado de quatro por quatro centímetros onde cada aluno deverá anotar seu nome e no verso o nome da equipe a que pertence. Na tira de papel restante, se anotará ao alto o nome do grupo.

Um aluno de cada grupo deverá recolher o pedaço de papel em que consta o nome de cada participante, trazer à mesa do professor, amontoá-los deixando separado de outros montes com nomes de alunos de outras equipes. O professor irá retirando um por um os papeis sobre sua mesa e anunciando a formação de duplas entre aluno de uma equipe contra aluno de outro, até esgotar-se o último papel. Caso a quantidade de alunos em sala seja um número impar, os três últimos formarão um trio. Após esse sorteio todos os alunos já saberão com quem deverão “jogar”, isto é o nome do colega de outra equipe com a qual irão se defrontar. Nessa oportunidade, o professor sinaliza para que cada aluno sente-se em qualquer lugar da classe, desde que ao lado do colega de outra equipe que forma a dupla – ou eventualmente – o trio sorteado. O aluno deverá levar consigo uma caneta e a tira de papel com o nome do grupo que preparou logo no início da aula, como explicado acima.

 Com os alunos organizados, o professor inicia o Cochicho formulando questões relativas ao tema estudado.Essas questões necessitam ser “fechadas” isto é, verdadeira ou de múltiplas alternativas ou ainda apresentarem resposta que sejam expressa por poucas palavras. Ao organizar essas questões o professor deve evitar as de natureza essencialmente memorativas e que, portanto, não explorem a reflexão, análise, dedução e conclusão. Por exemplo: evitar questões do tipo “Nome da capital do Estado do Pará”, preferindo outras como “nome de uma cidade, situada na Região Norte, capital de um Estado que se destaca por importante atividade mineral, agroindústria e pecuária e que no passado se identificava como grande produtor de castanha e borracha”.


Dispondo de uma lista de questões reflexivas e envolventes sobre o tema marcado pelo Cochicho, o professor apresenta a primeira questão e oferece aos alunos um tempo para refletirem e anotar sua resposta. Após esse lapso de tempo, solicita que cada aluno apresente sua resposta ao parceiro e, em seguida, anuncia a resposta correta. Após esse anúncio em cada dupla de alunos assistem-se três posições possíveis: zero a zero (os dois erraram), um a zero (um dos dois acertou e o outro não) e um a um (os dois acertaram). O Cochicho prossegue com a formulação de outra e depois mais outra questão, até o limite de tempo possível. Cerca de dez minutos antes de encerrar a aula, o professor afere a contagem final; isto é, quantos pontos – acertos – foram realizados pelo conjunto de alunos de cada equipe. Caso a quantidade de alunos por equipe não seja uniforme, deve extrair a média de acertos de cada equipe, dividindo-se o total de respostas corretas pelos alunos que participaram do Cochicho.



Ao final da aula, registra o quadro com a classificação das equipes, destacando as que mais pontos fizeram. O uso ou não dos pontos conquistados no Cochicho como atributo de uma média do aluno é possível caso o professor assim pretenda e será explicado em outro capítulo deste trabalho.
Parece importante destacar que o sucesso de um Cochicho depende menos da forma com é a atividade organizada pelo professor e bem mais da qualidade reflexiva das questões organizadas. Estas devem visar sempre uma aprendizagem efetivamente significativa, explorando diversas habilidades operatórias.

Celso Antunes
http://www.celsoantunes.com.br/como-ministrar-conteudos-com-o-cochicho/

quarta-feira, 6 de abril de 2016

E se fosse eu? 600 escolas de todo o país refletem sobre a vida dos refugiados

A ideia partiu da Plataforma de Apoio aos Refugiados. Esta quarta-feira o desafio é lançado à comunidade escolar.



E se tivesse de partir para fugir da guerra? Se fosse refugiado? O que levaria na mochila?

A pergunta é dirigida à comunidade escolar de todo o país. Pais, alunos e professores são chamados a refletir sobre a vida daqueles que chegam à Europa em busca de um futuro melhor.

O projeto "E se fosse eu? Fazer a mochila e partir" acontece esta quarta-feira em escolas de todo o país. A ideia partiu da Plataforma de Apoio aos Refugiados. Rui Marques, o coordenador, explica à TSF que esta é uma experiência que vai levar crianças e pais a perceberem melhor este drama.

Cerca de 600 escolas, perto de metade, aderiram a esta iniciativa que vai do 1.º ciclo ao secundário e há até registos de alguns jardins de infância em que as crianças vão tentar perceber melhor a vida de um refugiado.
http://www.tsf.pt/sociedade/interior/e-se-fosse-eu-600-escolas-de-todo-o-pais-refletem-sobre-a-vida-dos-refugiados-5112464.html

https://www.youtube.com/watch?v=heDm_-ZNCMs





terça-feira, 5 de abril de 2016

O sangue nos faz parentes, a lealdade nos torna uma família

Todo mundo tem uma família. Ter uma é algo fácil: todos nós temos uma origem e raízes. Entretanto, mantê-la e saber como construí-la, alimentando o vínculo diariamente para conseguir que ela se mantenha unida, já é uma outra questão.

Todos nós dispomos de mãe, pais, irmãos, tios… Às vezes de grandes núcleos familiares com membros que, possivelmente, já deixamos de ver e com quem não convivemos. Precisamos nos sentir culpados por isso?
A verdade é que, às vezes, sentimos uma certa obrigação “moral” de nos darmos bem com aquele primo com quem compartilhamos pouquíssimos interesses, e que tantos desprazeres nos causou ao longo de nossa vida. Pode ser que o sangue nos una, mas a vida não nos encaixa com nenhuma peça, então nos afastarmos ou mantermos um relacionamento justo e pontual não deve ser motivo de nenhum trauma

Porém, o que acontece quando falamos dessa família mais próxima? De nossos pais ou irmãos?

O vínculo vai além do sangue

Chegamos a este mundo como se tivéssemos caído de uma chaminé. Neste momento, nos vemos unidos a uma série de pessoas com as quais compartilhamos o sangue e os genes. Uma familia que nos fará caber em seus mundos particulares, em seus modelos educativos, que tentarão inculcar seus valores, mais ou menos certos...e ou mesmo uma árvore genealógica. Há quem, quase de forma inconsciente, acredita que um filho deve ter os mesmos valores dos pais, compartilhar uma mesma ideologia e ter um padrão de comportamento semelhante.



Há pais e mães que se surpreendem por ver o quão diferentes os irmãos podem ser entre si… Como pode ser assim se são todos filhos de um mesmo ventre? É como se dentro do núcleo familiar tivesse que existir uma harmonia explícita, onde não existem excessivas diferenças, onde ninguém deve sair do “padrão” e tudo está controlado e em ordem.
Entretanto, algo que devemos saber claramente é que nossa personalidade não é 100% transmitida geneticamente; podem ser herdadas algumas características e, sem dúvidas, ao viver num entorno compartilhado iremos compartilhar uma série de dimensões. Mas os filhos não são moldes dos pais, e os pais nunca vão conseguir que os filhos sejam como suas expectativas querem.
A personalidade é dinâmica, é construída no dia a dia e não atende às barreiras que, às vezes, os pais ou as mães tentam impor. É aí que, muitas vezes, aparecem os habituais desapontamentos, as “colisões”, as desavenças…
Para criar uma ligação forte e segura a nível familiar, devem ser respeitadas as diferenças, promover a independência ao mesmo tempo que a segurança. É preciso respeitar a essência de cada pessoa em sua maravilhosa individualidade, sem colocar muros, sem censurar cada palavra e comportamento...



Segredos das famílias que vivem em harmonia



Às vezes, muitos pais veem como seus filhos se afastam do lar familiar sem estabelecer mais contato. Há irmãos que deixam de se falar e famílias que veem quantas cadeiras vazias jazem no silêncio da sala de casa.
A que se deve isso? Está claro que cada família é um mundo, um micromundo com suas regras, suas crenças e, também, com as cortinas abaixadas onde só elas mesmas sabem o que aconteceu no passado, e como se vive no presente.
Entretanto, podemos falar disso baseados em alguns eixos básicos que devem nos fazer refletir.

– A educação tem como a finalidade dar ao mundo pessoas seguras de si mesmas, capazes e independentes, para que possam alcançar sua felicidade, e, por sua vez, saibam oferecê-la aos demais.  Como se consegue isso? Oferecendo um amor sincero que não impõe e que não controla. Um carinho que não censura como alguém é, pensa ou age.
 Não devemos responsabilizar sempre os demais pelo que acontece com a gente. Não é necessário culpar a mãe ou o pai por ainda hoje em dia, você se sentir insegura e incapaz de fazer determinadas coisas. Ou aquele irmão que, talvez, sempre foi melhor atendido ou cuidado do que nós mesmos.
Está claro que, na hora de educar, sempre são cometidos alguns erros. Mas nós também devemos ter o controle de nossa vida e saber reagir, ter voz, e saber dizer “não”, e acreditar que somos capazes de empreender novos projetos com segurança e maturidade, novos sonhos sem sermos escravos das lembranças familiares do ontem.
Ser família NÃO  supõe compartilhar sempre as mesmas opiniões e os mesmos pontos de vista. E nem por isso devemos julgar, censurar e, menos ainda, desprezar.
Comportamentos como estes criam distâncias e fazem que, no dia a dia, encontremos maior lealdade nos amigos do que na família.

– Às vezes, temos a “obrigação moral” de ter que continuar mantendo contato com parentes que nos fazem mal, que nos incomodam, que nos censuram. São família, não cabe dúvida, mas devemos ter em conta que o que importa de verdade nessa vida é ser feliz e ter um equilíbrio interno. Uma paz interior. Se estes ou aqueles familiares prejudicam nossos direitos, devemos impor distância.



A maior virtude de uma familia é aceitar a si e aos outros tal e qual como são, em harmonia, com carinho e respeito.

http://amenteemaravilhosa.com.br/sangue-nos-faz-parentes-lealdade-torna-familia/