sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Resiliencia




Constantemente, passamos por situações que esgotam as nossas forças e minimizam os nossos ânimos. Por mais que tentemos escapar, inevitavelmente nos dececionaremos com as pessoas, seremos rejeitados por alguma paixão, reprovaremos em provas e concursos, seremos preteridos em vagas de empregos ou em promoções em nosso trabalho, choraremos o luto de pessoas especiais, dentre tantos outros reveses pelo caminho.




Estamos sempre preparados para receber o melhor em nossas vidas, ao passo que fugimos à necessidade de estarmos prontos a enfrentar o avassalamento que certos momentos trarão – e eles virão. Parece-nos ser muito natural expormos os sucessos, as conquistas, tudo aquilo que deu certo em nosso caminho, porém, dividirmos nossos equívocos e fracassos chega a ser quase impossível, uma vez que negar algo parece afastar aquilo de nós. 
Negar nossos fracassos não os impedirá de baterem à nossa porta, obrigando-nos a encarar nossas fraquezas, a refletir sobre o que viemos fazendo de nossas vidas, para que possamos repensar e operar mudanças que nos tornem habilitados a deixar de cometer os mesmos erros. É inevitável despendermos tempo para voltarmos nossas atenções ao nosso pior, digerindo aquilo tudo e renascendo para novas tentativas, com a mente reoxigenada



O tempo nos ensina a confiar nele e nas verdades que ele sempre nos traz, bem como na infalibilidade da colheita a que todos estaremos sujeitos, de acordo com a qualidade das semeaduras que deixamos pelos caminhos. É preciso que estejamos conscientes de que muito do que sofremos é resultado tão somente de nossas ações, ou seja, agir com vistas às futuras consequências do que fazemos hoje nos poupará de amanhãs dificultosos.

Após as devastações emocionais que passam por nossas vidas, derrubando tudo o que há pela frente, minando nossos sentidos e roubando nosso fôlego, será o momento de decisão, de retomada, de reerguimento. A dor, a revolta e o esgotamento de forças que fatalmente nos invadirão serão úteis, para que esgotemos nossa tristeza, sorvendo-a até que se esvazie e sejamos preenchidos pela construção paulatina de certezas cheias de esperança, com a ajuda dos amigos, da família, do parceiro, de quem, indubitavelmente, estará sempre conosco, junto, disposto, com acolhimento sincero e sorriso verdadeiro.



Trata-se de um processo lento, que requer paciência e resignação, fé e confiança em nós mesmos, em nossa capacidade de nos reinventarmos, de solucionarmos o que parecia impossível, de observar de uma forma reflectida, o mundo à nossa volta, aprendendo e reaprendendo a cada dia. Não poderemos agir e escolher corretamente o tempo todo, mas poder contar com amor verdadeiro nos apoiando fará toda a diferença nos momentos em que a vida não dá certo. 


Fatores da resiliência

Administração das Emoções - habilidade em se manter sereno diante de um problema. Também se refere a capacidade de usar as pistas de forma a compreender melhor as pessoas.

Controle de Impulsos - não se deixar levar impulsivamente por uma emoção.

Otimismo -  crença de que as coisas podem melhorar. Está relacionado com a esperança e convicção na capacidade de controlar o próprio destino.

Análise do Ambiente  - capacidade de identificar as causas dos problemas,  permitindo que a pessoa se coloque num lugar seguro. Se refere a capacidade de identificar quando é hora de falar e quando é hora de calar.

Empatia - significa a capacidade de compreender os estados psicológicos das outras pessoas (as emoções e sentimentos) e saber como agir.

Auto Eficácia  -  crença de ser capaz em resolver seus problemas.

Alcançar Pessoas  - capacidade de se vincular a outras pessoas, sem receios e sem medo. É a capacidade de se entrosar com a outras pessoas, construir redes de apoio.




A Resiliência não é só um traço de caráter hereditário que você tem ou deixa de ter, pode ser uma conquista pessoal.


http://www.equilibrioemvida.com/2016/08/resiliencia-levantar-se-toda-vez-que-vida-ferra-com-tudo/
Masten, A. S. (2001). Ordinary magic: resilience processes in development. American Psychologist

A calunia e a injuria na nossa sociedade




A vontade de passar informações faz parte do homem, é a comunicação, é uma ação humana natural e normal, mas na maioria das vezes esquecemos do outro e não medimos as consequências das nossas palavras.
Quando uma pessoa não controla a cobiça, o resultado é a inveja, que desperta o instinto animal de prejudicar o próximo pela difamação. O vaidoso que é infestado pelo orgulho e pela arrogância, é muito propenso a usar a fofoca.





O egoísmo é o resultado da maldade, da indiferença para com o semelhante e, portanto, pela falta de escrúpulos pode-se criar as mais desalmadas mentiras com a Ideia de prejudicar o semelhante.




Afinal o ditado não é este: “quem conta um conto aumenta um ponto”?

Enquanto que fofocar significa intrigar, caluniar consiste em difamar fazendo acusações falsas ou atribuindo falsamente a alguém fato definido como crime.
Na calúnia, portanto, há violência maior. Ainda procuramos negar e esconder este fenômeno quando dele somos vítimas. Sentimos vergonha de sermos caluniados quando a vergonha seria adequada sentir por aquele que gera a calúnia.
Por vezes, até mesmo nos submetemos ao caluniador do grupo em que convivemos.


 Afirmações como “não há fogo sem fumo”, em verdade são armas utilizadas pelos caluniadores. O correto é: “onde há fumo há um caluniador”.

Para bom entendedor, quem está sendo exposto não é o caluniado, mas sim o caluniador: revela-se e desvenda um interior conflituoso.

O caluniador é uma pessoa que está sempre em conflito consigo mesmo. Quem está de bem com a vida não tem sequer vontade de caluniar, quer apreciar as coisas boas da vida.
Por vezes, as pessoas lidam de forma inadequada com suas perturbações.
Uma forma inadequada é a calúnia. O caluniador procura transferir seu desequilíbrio para outra pessoa. Lançando uma calúnia ele percebe que o interior da pessoa atingida começa a se desorganizar. Para que isso ocorra, a calúnia deve ser impactante, deve penetrar no interior da vítima e estourar como uma bomba. Portanto, agora quem está desequilibrado é o outro e não mais ele. Ou há mais alguém perturbado e em sofrimento como ele.





Teorilang chama a calúnia de "covardia" já que geralmente a pessoa atacada não pode se defender em tempo hábil ou mesmo se esquivar do estigma que lhe será "presenteado por toda a vida". O caluniador normalmente ataca pelas costas, de forma sutil e ardilosa, o interesse único é simplesmente destruir, colocando dúvidas sobre a reputação do outro. Oportunista, vê em cada momento a chance de apresentar-se como o "fiel da balança" emitindo suas opiniões e oferecendo fatos, geralmente criados ou deturpados, para argumentar posições negativas sobre as pessoas.
Um dos problemas mais sérios que envolve a calúnia é o fato de que o caluniador apresenta-se de forma a parecer um mediador ou um observador "justo" ao longo da vida, desenvolvendo frases, jargões e comportamentos que produzem uma certa credibilidade e tolerância.


                                 


Existem dois tipos de caluniadores:
  • aquele que calúnia sistematicamente.
  • aquele que o faz num momento em que sua vida não vai bem.

E existem também as pessoas que levam adiante a calúnia gerada por outro.

É um fenômeno que acompanha a humanidade desde sempre. Um dramaturgo romano, Plauto, escreve em uma de suas peças: “Os que propalam a calúnia e os que a escutam, se prevalecesse minha opinião, deveriam ser enforcados, os primeiros pela língua e os outros pela orelha”.

                                  

Brincadeiras à parte, temos que aprender a lidar com estes fenômenos. Todos estamos sujeitos a ele.


Shakespeare escreveu: “Mesmo que sejas tão puro quanto a neve, não escaparás à calúnia”.



A recuperação de quem sofre a calúnia se faz a medida em que a pessoa não se submete ao fenômeno, encara-o de frente, conversa com seus amigos. Preserva sua auto-estima, desvinculando-se desta agressão verbal e psicológica da qual está sendo vítima. Poderá buscar ajuda profissional numa psicoterapia de cura duração de tipo Interpessoal.
Aquele que se percebe gerando calúnia, também se beneficiará de uma ajuda profissional para procurar lidar de uma maneira mais eficaz com seus desequilíbrios.



O mecanismo da fofoca e da calunia pode ser avaliado por uma experiência subliminar que em psicologia é um estímulo que não é suficientemente intenso para que o indivíduo tome consciência dele, mas que, repetido, atua no sentido de alcançar um efeito desejado.


Salomon Asch (citado por Joan Ferrés em Televisão Subliminar. Porto Alegre: ArtMed., 1998. p. 50.) fez uma pesquisa com estudantes universitários nova-iorquinos com a finalidade de destacar o caráter contaminante das idéias, sobretudo do pensamento associativo, menos por seu conteúdo e bem mais pela forma como é apresentado e é possivelmente esse mecanismo um grande exacerbador da virulência com que as fofocas se propagam numa total distorção do fato verdadeiro.


                                              

Faça uma experiência extremamente simples com dois grupos de pessoas que não se conheçam.
Ao iniciar o teste da "fofoca", diga que passará algumas referências a respeito de uma personagem que é seu amigo chamado Ronaldinho. Passe, então, a informação: ao primeiro grupo, dizendo que o seu amigo Ronaldinho é muito competente, honesto, ordeiro, teimoso, mentiroso, impulsivo e fofoqueiro; e ao segundo grupo, passe as mesmas informações, alternado a ordem dos adjetivos que caracterizam a personagem. Assim, Ronaldinho é um fofoqueiro, impulsivo, mentiroso, teimoso, ordeiro, honesto e competente. Espere passar uma semana e indague uma ou mais pessoas de cada um dos grupos o que lembram de Ronaldinho.
Poderão ocorrer tipos de resposta diferentes, porém será mais provável que o primeiro grupo lembre mais as qualidades positivas de Ronaldinho e o segundo, as negativas.
Ainda que aspectos positivos e negativos tenham sido apresentados em igual quantidade e, literalmente, tenham sido os mesmos, a ordem em sua apresentação despertou o pensamento primário e, dessa forma, condicionou um preconceito que contaminará todo o resto da informação. Se esse fato não ocorrer, provavelmente, a pessoa associou Ronaldinho a um conhecido seu e guardou na memória os adjetivos com os quais associa esse amigo. Caso contrário, lembrará primeiro dos adjetivos positivos ou negativos, que tenham sido priorizados na apresentação. Essa pequena mostra como as comunicações podem distorcer os fatos o que acontece normalmente nas fofocas. Longe de ser apenas uma simples experiencia, os estudos que se seguiram àquele mostram a imensa importância da hierarquia de idéias que deve estar presente em todo tipo de apresentação que fazemos de um fato. Embutem-se idéias centrais fortes, decisivas, conclusivas e essenciais e outras idéias periféricas, bem menos relevantes, meramente auxiliares. Se sua apresentação não enfatizar e ordenar as primeiras.



                                   


*Roque Theophilo era Psicólogo e Jornalista Profissional, é autor do título «O Amigo Psicólogo». Foi Presidente das Academia Brasileira de Psicologia e da Academia Internacional de Psicologia, e um dos pioneiros da Psicologia no Brasil.




domingo, 17 de julho de 2016

Deite os seus filhos lendo um livro


Não há nada tão terapêutico e reconfortante quanto conseguir que uma criança adormeça enquanto lemos um livro para ela. A experiência da escuta é fundamental também para o seu domínio da leitura. Além disso, através da nossa voz levamos os nossos filhos a um universo de fantasia e aventuras onde o seu cérebro encontra calma e o convite para continuar sonhando feliz enquanto dorme.
Francesco Tonucci é um notável pedagogo italiano que baseou todos os seus trabalhos no estudo do desenvolvimento cognitivo das crianças pequenas. Para ele, algo tão simples quanto desligar a televisão e ler um livro para os nossos filhos é criar os grandes leitores do dia de amanhã. Além disso implica em aproximá-los a um valor que os tornará livres, mais curiosos e certamente, dignos herdeiros do legado que os bons livros nos deixam.

“As crianças  transformam-se em grandes leitores no colo dos seus pais, por isso, não duvide em ser o melhor exemplo, deixe que vejam você mergulhar em um mar de letras para que elas nadem em um mar de sonhos…”

Embora seja verdade que às vezes estamos cansados e que é mais fácil  reunir-se à frente da televisão nas últimas horas do dia, pense que a infância dos seus filhos é muito breve, e o melhor momento “sempre é agora”. Aproveite cada segundo e cada instante, faça deles os seus cúmplices frente a um livro, deixe que o sono os vença no seu colo enquanto você chega ao fim dessa história. No dia de amanhã eles agradecerão…


Os benefícios da leitura relaxada
Graças a um trabalho conduzido pela “American Academy of Pediatrics” foi feita uma descoberta importante: as crianças entre 2 e 6 anos não deveriam estar expostos à televisão ou a dispositivos eletrónicos durante mais de uma hora por dia. Dos 7 aos 12 anos de idade, deveríamos controlar que não excedam as 2 horas.
Segundo este estudo, a visão prolongada da televisão ou do computador pode desenvolver um déficit de atenção nos pequeninos. Isto deve-se ao facto do córtex frontal, ainda imaturo nas crianças, ficar super ativado com as ondas eletromagnéticas.
Deixar que os nossos filhos durmam assistindo televisão não é precisamente a coisa mais terapêutica, apesar de nós mesmos fazermos isto com frequência. Falamos de educação, pedagogia e antes de mais nada de saúde infantil, por isso, antes de deixar que o sono os leve diante da TV ou do tablet, é preciso colocar em prática a boa arte da leitura relaxada.
  • Não importa que os seus filhos ainda não tenham adquirido a competência da leitura e da escrita ou que já estejam conseguindo as suas primeiras conquistas. Sentar-se com eles na cama e começar a ler para eles irá trazer um benefício enorme para o seu desenvolvimento neuronal e emocional.
  • A leitura relaxada aumenta o fluxo de sangue para o cérebro, traz bem-estar à criança além de uma calma muito gratificante apropriada para este último instante do dia.
  • A área do cérebro que mais é estimulada no processo de “escuta” é a área pré-frontal,indispensável para desenvolver e potencializar muitos processos cognitivos nas crianças: a atenção, a imaginação e os raciocínios mais complexos.
Ler para os seus filhos uma história ou livro com uma mensagem exemplar ou um bom raciocínio moral pode potenciar a sua empatia e o respeito por seus semelhantes. Vale a pena.


A leitura relaxada, um vínculo de carinho entre pais, mães e filhos

Leia para os seus filhos sem pensar que está perdendo tempo ou que tem muitas coisas para fazer além disso. Permita que o tempo se detenha e agarre-os, deixe que a emoção desse livro os envolva e que a sua voz cative o coração do seu filho.
Nenhum presente poderá superar esses momentos de leitura compartilhada, nesses lugares inventados onde os sonhos, as aventuras e os mistérios aceleram a sua imaginação enquanto a sua respiração ganha compasso pouco a pouco e lentamente, a medida que chega o sono e, simplesmente, se rende.
A leitura relaxada na última hora do dia é um modo maravilhoso de educar as suas mentes e de permitir que o seu cérebro amadureça em equilíbrio. Os livros são um legado que se compartilha entre pais e filhos, e nada deveria substituí-los, menos ainda a televisão ou as novas tecnologias.

http://www.plataformafamilia.pt/deite-os-seus-filhos-lendo-um-livro-nao-vendo-televisao/


Quando a educação formal não dá resposta


No ambiente escolar é necessário que existam os professores para ensinar e os Pedagogos Sociais para responderem a situações no contexto social para que a formação dos alunos fique completa




A educação não-formal não é, organizada por séries/ idade/conteúdos; atua sobre aspectos subjetivos do grupo; trabalha e forma a cultura política de um grupo. Desenvolve laços de pertencimento. Ajuda na construção da identidade coletiva do grupo (este é um dos grandes destaques da educação não-formal na atualidade); ela pode colaborar para o desenvolvimento da auto-estima e do empowerment do grupo, criando o que alguns analistas denominam, o capital social de um grupo. Fundamenta-se no critério da solidariedade e identificação de interesses comuns e é parte do processo de construção da cidadania coletiva e pública do grupo.

Pedagogia Social : Educação Social

O Educador Social tem a Pedagogia Social como referência. Distingue-se do Trabalhador Social pelo caráter de sua intervenção: o Educador Social atua no campo de intervenção sócio-educativa, enquanto ao Trabalhador Social compete a assistência social, a análise sistemática da realidade, a coleta de dados e de informações que subsidiam a própria intervenção do Educador Social.
Torna-se evidente o caráter interdisciplinar do trabalho social em ação. É a partir da integração em equipe, incluindo profissionais de diferentes áreas, que se viabilizam planos, programas, projetos de implementação, acompanhamento e avaliação nessa área. 


A Pedagogia Social, como uma das áreas no campo de Trabalho Social, envolve uma série de especialidades que, na classificação de Quintana, são as seguintes:
01- atenção à infância com problemas (abandono, ambiente familiar desestruturado...); 
02- atenção à adolescência (orientação pessoal e profissional, tempo  livre, férias...);  
03- atenção à juventude (política de juventude, associacionismo, voluntariado, atividades, emprego...) 
04- atenção à família em suas necessidades existenciais (famílias desestruturadas, adoção, separações...); 
05- atenção à terceira idade; 
06- atenção aos deficientes físicos, sensoriais e psíquicos; 
07- pedagogia hospitalar; 
08- prevenção e tratamento das toxicomanias e do alcoolismo; 
09- prevenção da delinqüência juvenil. (reeducação dos dissocializados); 
10- atenção a grupos marginalizados (imigrantes, minorias étnicas, presos e ex- presidiários); 
11- promoção da condição social da mulher; 
12- educação de adultos 
13- animação sócio-cultural.
Por serem decorrentes de necessidades sociais, essas áreas sofrem alterações. O próprio Quintana apresenta a questão dos meios de comunicação de massa e a polêmica em torno da existência ou não de uma Pedagogia Social dos meios de Comunicação Social. Coloca-se na defesa do duplo objeto da Pedagogia Social: socialização do indivíduo e Trabalho Social, remetendo à Pedagogia Especial as questões dos Meios de Comunicação, bem como da Pedagogia do Tempo Livre e Pedagogia Empresarial. 

Para autores como Ventosa educação para o trabalho distingue-se de educação de adultos, pela natureza das propostas; inclui novas áreas como educação cívica e educação para a paz. 


Entretanto, para fins de estruturação e estudo, pelas características próprias, as áreas de intervenção sócio-educacional podem ser organizadas em três grandes grupos que, separados ou integrados, respondem à diversidade de contextos e de intervenções. São eles: a Animação Sociocultural, a Educação de Adultos e a Educação Especializada. 
Ressalta-se, em conclusão, a necessidade de aprofundar discussões, ampliar domínio de conhecimentos teóricos e investir em pesquisas na área de Pedagogia Social – um dos desafios à formação do pedagogo – como alternativa à superação de práticas e intervenções sócio-educacionais determinadas pelo senso comum e pela cultura escolar.






Além da intervenção sobre a inadaptação social, o autor destaca outros enfoques da educação social no contexto espanhol: 

a) é compreendida como sinônimo de correta socialização; 
b) pressupõe intervenção qualificada de profissionais, a ajuda de recursos e presença de umas determinadas circunstâncias sobre um sistema social; 
c) refere-se também à aquisição de competências sociais; 
d) representa o conjunto de estratégias e intervenções sócio-comunitárias no meio  
social; 
e) é concebida como formação social e política do indivíduo, como educação política do cidadão; 
f) atua na prevenção de desvios sociais; 
g) define-se como trabalho social, entendido, programado e realizado desde a perspectiva educativa e não meramente assistencialista; 
h) é definida como ação educadora da sociedade.

Para autores como Ventosa educação para o trabalho distingue-se de educação de adultos, pela natureza das propostas; inclui novas áreas como educação cívica e educação para a paz. 
Entretanto, para fins de estruturação e estudo, pelas características próprias, as áreas de intervenção sócio-educacional podem ser organizadas em três grandes grupos que, separados ou integrados, respondem à diversidade de contextos e de intervenções. São eles: a Animação Sociocultural, a Educação de Adultos e a Educação Especializada. 
Ressalta-se, em conclusão, a necessidade de aprofundar discussões, ampliar domínio de conhecimentos teóricos e investir em pesquisas na área de Pedagogia Social – um dos desafios à formação do pedagogo – como alternativa à superação de práticas e intervenções sócio-educacionais determinadas pelo senso comum e pela cultura escolar.


http://www.boaaula.com.br/iolanda/producao/me/pubonline/evelcy17art.html

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Cultura - Festival de musica

De 2 a 31 de julho, os mais importantes pianistas reúnem-se, no Concelho de Mafra, numa autêntica festa da música que homenageia o pianista, compositor, maestro, investigador e figura de referência da cultura portuguesa que foi Filipe de Sousa.


Contando com a participação de Adriano Jordão, Jeffrey Swann, Patrick Rodrigues, Jan Michiels, Teresa da Palma Pereira e Orquestra do Norte, dirigida pelo Maestro Ferreira Lobo, o Festival de Música de Mafra “Filipe de Sousa” integra cinco concertos únicos, com entrada gratuita, que se realizam nas localidades de Mafra e da Ericeira.
Esta é uma iniciativa da Câmara Municipal de Mafra, com o apoio da Fundação Jorge Álvares, instituição sem fins lucrativos à qual Filipe de Sousa doou a sua casa e propriedade em S. Miguel de Alcainça (Concelho de Mafra), que agora é sede desta fundação, mas também a sua valiosa e diversificada biblioteca, as suas coleções de obras de arte, de discos e de manuscritos musicais, para além do espólio musical próprio.
O que torna o festival único é a sua componente pedagógica, uma vez que contempla, igualmente, a organização de masterclasses, pelos pianistas participantes, que são destinadas aos alunos do Conservatório de Música de Mafra. Estas vão decorrer durante as tardes dos dias 4, 11, 15, 22 e 29 de julho, na Casa da Música Francisco Alves Gato, em Mafra.



O concerto inaugural vai-se realizar no dia 2 de julho no Claustro Sul do Palácio Nacional de Mafra, com a atuação da Orquestra do Norte, dirigida pelo Maestro Ferreira Lobo, e do pianista português Adriano Jordão, que é também o diretor artístico deste festival.
No dia 10 de julho será a vez do intérprete norte-americano Jeffrey Swann subir ao palco do Auditório da Casa de Cultura Jaime Lobo e Silva, na Ericeira. Este espaço municipal vai ainda acolher, no dia 17 de julho, o concerto de Patrick Rodrigues, um dos maiores talentos da nova geração de pianistas brasileiros. Jan Michiels, docente e pianista belga, dará o seu espetáculo no Auditório Municipal Beatriz Costa, em Mafra, a 24 de julho.


O concerto de encerramento terá lugar no dia 31 de julho, novamente no Claustro Sul do Palácio Nacional, no qual Teresa da Palma Pereira, referência da nova geração de pianistas portugueses, é acompanhada pela Orquestra do Norte, com direção do Maestro Ferreira Lobo.
Todos os concertos tem início às 21h30 e a entrada gratuita está sujeita à lotação da sala.
http://www.cm-mafra.pt/pt/municipio/cultura/festival-de-musica-de-mafra-filipe-de-sousa

Seminario de Pedagogia Social 2016



O Ser Humano como ponte para uma nova realidade social


Vivemos numa época onde somos assolados por acontecimentos externos em todos os âmbitos da nossa vida: economia, política, sociedade civil, vida familiar, etc.. São eventos que nos atingem e muitas vezes ficamos chocados, esperando ações eficientes do governo, da sociedade civil, da justiça para nos trazerem a paz que sentimos merecer.
Talvez, o que gostaríamos que acontecesse, devesse ser promovido por nós mesmos em alguma medida. Mas como empreender as mudanças que queremos?
Este seminário pretende elevar os participantes às pontes entre diferentes realidades sociais, promovendo encontros humanos para uma “frutificação” social.

                
Dele podem emergir em nós perguntas como:
“Que necessidades do mundo posso e quero atender e que capacidades posso oferecer para viabilizar as mudanças necessárias? “
“O que posso aprender cruzando a ponte para realidades sociais diferentes da minha?”

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http://www.pedagogiasocial.com.br/inscricao-sdss


terça-feira, 14 de junho de 2016

Projeto desenvolvido por aluno na Fundação Casa ganha prémio

O projeto de um aluno originário da Fundação Casa foi escolhido como revelação da Feira de Ciências da Secretaria da Educação de São Paulo. A iniciativa, que corrigiu a acidez do solo através do uso de giz, competiu com 191 projetos, realizados por 350 estudantes da rede estadual.


Jonathan Felipe da Silva Santos, 18, que cursa o segundo ano do ensino médio, foi o responsável pelo projeto. Ele conta que a ideia surgiu durante uma das aulas de química na Fundação Casa. "A professora disse, durante a aula, que a acidez do solo prejudica o fruto e a planta. Perguntei como seria possível corrigir isso, e ela disse que o giz poderia ser utilizado para esse fim. A partir daí, resolvi ver como isso poderia acontecer na prática", disse.
Incentivado pela professora da disciplina, Andrea Chiaroni, ele elaborou um projeto. "Trituramos 500 gramas de giz e passamos a aplicar na terra. Medimos a acidez antes da aplicação, que era de 4. Num primeiro momento, o pH foi para 5 e, no final do processo, ficou em 6,75", disse. A escala que mede a acidez varia de 0 a 14, sendo que, quanto mais baixa, mais ácido. Ao redor de 7, o pH é neutro. "Conseguimos algo bem próximo ao neutro", disse.
Jonathan conta ainda que recebeu, como prêmio, R$ 1 mil, dinheiro dividido com a professora. Os dois também irão, em setembro, ao Rio de Janeiro, onde vão participar da Semana de Tecnologia Digital da empresa Cisco e visitarão o Instituto Butantan e o Catavento Cultural, ambos na capital. "Ainda não tenho muitos detalhes, mas sei que vamos viajar", conta. Segundo a Secretaria da Educação, os vencedores também ganharam cursos de aprimoramento.

Projeto

Jonathan foi apreendido no primeiro semestre de 2015. Ele conta que comprou uma moto roubada sem saber e que a polícia apareceu na casa dele enquanto o veículo era desmontado. "O cara que vendeu disse que era de leilão, e eu estava desmontando para vender as peças. Ai a polícia chegou, levou a gente para a delegacia e, no fim, uma juíza ordenou que eu fosse para a Fundação Casa", conta.
Ele ficou na instituição por sete meses, mas acabou libertado em fevereiro deste ano. Mesmo ao sair, entretanto, ele continuou a ser orientado por Andrea. "Eu estudava normalmente tinha outra professora de química, mas ela continuou com o projeto", conta.
Andrea conta que teve o auxílio do marido, Marcel, co-orientador de Jonathan. "Ele dá aula no sistema prisional, também de química, e chegou a abrir mão de algumas aulas particulares para me ajudar com o projeto. Foi muito empolgante, estamos orgulhosos", disse. 
Ela explica ainda que já iniciou a pesquisa de bibliografia para que Jonathan execute a segunda parte do projeto, que é demonstrar na prática como a correção do pH do solo pode ajudar no desenvolvimento. "Ele vai estudar a ação do composto em girassóis. Vamos apresentar uma planta gerada em solo com pH ácido e comparar com o desenvolvimento de outras plantas, originárias de pHs menos ácidos. Isso será acompanhado de uma espécie de estudo comercial para determinar como essa realidade pode ser aplicada ao cultivo de girassóis na nossa região", conta.
Divulgação/SEE






Exemplo

Andrea acredita que a premiação mostra aos internos da Fundação Casa que há opção fora do crime mesmo para quem cometeu um erro. "Aluno é aluno, não importa onde ele está. O Jonathan gosta muito de jardinagem, ficou muito interessado no projeto e mostrou que é possível ter metas e buscar um futuro diferente. E isso serve de inspiração", conta ela, que faz questão de agradecer ao apoio que teve da Diretoria de Ensino e da unidade da Fundação Casa de Araçatuba. "Sem eles, não haveria essa possibilidade". 
O estudante concorda e acredita que a premiação será boa para o currículo e poderá abrir portas em seu futuro profissional. Ele continua estudando e quer se formar em medicina veterinária em um futuro breve.
"Não tenho dúvida que esse projeto mudou minha vida. Um simples pedaço de giz pode ajudar meu futuro, já que isso está no meu currículo e vai abrir a porta de uma universidade para mim", conta. "Agradeço muito à minha professora que me incentivou e acreditou em mim", conclui, emocionado.