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sexta-feira, 16 de agosto de 2019

A importancia do diálogo

Você fala uma coisa, mas as pessoas parecem distorcer o que diz? Você se desgasta ao lidar com assuntos delicados ou se irrita ao ouvir críticas ou cobranças dos outros? Estamos permanentemente enfrentando desafios ligados à qualidade e ao impacto dos nossos processos comunicativos. 
Mas como lidar com tudo isso?

Ao nos depararmos com assuntos delicados, a nossa vontade geralmente é de querer amenizar ao máximo todo e qualquer tipo de desconforto. Estaremos a comunicar com assertividade?
A assertividade é a capacidade de nos expressarmos de forma clara, direta e objetiva, utilizando métodos que façam com que o outro entenda com exatidão aquilo que queremos dizer. Uma pessoa com essa característica é positiva, demonstra autoconfiança e sabe manifestar sua opinião de forma transparente. Essas virtudes cooperam para que ela se comporte com mais equilíbrio e segurança ao tomar decisões e executar suas ações.

Características do comunicador assertivo

A comunicação é uma excelente ferramenta para o desenvolvimento das relações humanas, seja em âmbito pessoal ou profissional. Existem alguns fatores capazes de influenciar na sua eficiência e a assertividade é um deles.
Assim, para que um indivíduo se torne um comunicador assertivo e crie um canal de transmissão de mensagem efetivo é importante estar atento a alguns pontos e características. Veja quais são os principais abaixo:


Inteligência emocional

Deve passar as informações que deseja de forma clara, mas também, deve ouvir atentamente e com calma quando o outro estiver falando. E ainda deixar de lado as emoções que podem ser sabotadoras para o momento.

Atenção aos gestos

É importante ter atenção ao tipo de gestos que você irá fazer, pois eles devem combinar com o que você está transmitindo e não ao contrário.

Sentimento do discurso

Lembre-se de que é essencial que a suas palavras faladas ou escritas exibam a emoção que você realmente quer passar. Para isso, utilize a sua própria segurança, confiança e, principalmente, honestidade.

Coerência

Não adianta nada apenas falar o que todos devem ser ou fazer e não seguir o próprio conselho. Muito do que os outros aprenderem com você será por meio de exemplos.

Motivação

Na comunicação, o comportamento não assertivo raramente consegue fazer com que atinjamos o nosso objetivo. A pessoa que não o executa prejudica os negócios, pois há possibilidade de ocorrer falhas, que resultam na queda da produtividade e retrabalho, além de causar transtornos no relacionamento entre os colegas e os clientes.

Respeito

É fundamental ter respeito por tudo, especialmente seu público. Cuidado com as piadas, observações ou comentários preconceituosos, racistas, machistas e assim por diante. Se você não sabe se o seu discurso ou texto está com toques de preconceito ou não, é só mudá-lo. Além de demonstrar respeito, você evita ruídos, conflitos, desentendimentos e agressividade.

Caminhos alternativos

 Ela consegue expressar a discordância e a insatisfação fazendo relação direta ao comportamento ou situação e não à pessoa.
Quando não envolvemos um lado que não deveria estar envolvido em nossa comunicação organizacional, no caso o pessoal, demonstramos respeito e evitamos constrangimento ou ansiedade. Ou seja: é possível conseguir o que quer ou precisa sem dominar, humilhar ou insultar o outro.


Solução de situações dificultosas

Um profissional que usa da assertividade consegue chegar à uma conclusão em relação à resolução rápida de problemas, relacionamento interpessoal entre todos na empresa, contribuindo, assim, para o aumento da motivação, para um ambiente em que todos possam expressar suas ideias e reduzindo os conflitos da equipe.

Como se comunicar com assertividade?

O desenvolvimento desse tipo de comunicabilidade não é uma tarefa fácil, pois muitos profissionais possuem comportamentos negativos que impedem que ela flua da maneira correta. Por conta disso, separei algumas dicas para que você desenvolva tal habilidade. Continue a leitura e confira:

Tenha conhecimento do que fala

Evite falar sobre assuntos que você não tem um real conhecimento. Busque informações em fontes confiáveis, leia bastante, tenha domínio sobre a sua fala e treine sua capacidade de argumentação. Quando você aborda um tema não muito conhecido, seus argumentos podem ser fragilizados pelo ouvinte, caso ele tenha mais conhecimento que você.

Busque por capacitação

Para ter conhecimento sobre o que você fala, nada mais coerente do que buscar por capacitação constante sobre o seu trabalho e a função que você desempenha na empresa.

Saiba quando falar

Preste atenção quanto ao momento certo para você expressar a sua opinião. Mesmo se o que você tem a dizer for importante, você deve perceber a hora certa para manifestar suas ideias. Falar na oportunidade errada pode acabar comprometendo o seu discurso.


Seja intermediador

Caso alguém do seu ambiente de trabalho tenha dificuldade para se comunicar, ajude-o em tal tarefa e sempre motive todos a sua volta a potencializar as melhores formas para se comunicarem.

Seja claro e direto

Nada mais óbvio na comunicação assertiva, do que você ir direto ao ponto. Nesse sentido, exponha suas ideias sem perder tempo em detalhes, pois isso dispersa a atenção de quem está ouvindo. Porém, tenha cuidado para não deixar nenhuma informação importante passar, para que assim a outra parte compreenda bem o que você quer dizer e realize o trabalho conforme você está solicitando.

Cuidado com a linguagem

Muitas pessoas focam na linguagem escrita e não dão a devida atenção a linguagem oral. Quando não utilizada de forma adequada, a nossa fala pode gerar dupla interpretação, sendo assim, use argumentos claros, defenda seu ponto de vista com flexibilidade, aceite as críticas construtivas e não use gírias, abreviações ou palavras de baixo calão.

Expressão corporal

Fique atento à linguagem corporal, pois a comunicação também é formada pelo uso do corpo. Transmitimos mensagens e sinais o tempo todo durante uma conversa, nossos olhos e gestos também comunicam. Mostre-se seguro, tenha uma expressão corporal coerente com a sua fala, haja com naturalidade, controle suas emoções e demonstre calma em todo o seu discurso.




Use a empatia 

Pense em como seria estar no lugar do outro enquanto se comunica. Dessa forma, você demonstra respeito pelo próximo e gera uma troca de informações eficaz. A comunicação assertiva, quando bem implementada, gera assuntos objetivos e relevantes.




https://www.ibccoaching.com.br/portal/rh-gestao-pessoas/comunicacao-assertiva-desenvolva-comunicacao-clara-reduza-conflitos/


quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Trabalho em equipa


  • Para colocar todo o entusiasmo e esforço num projeto, temos que senti-lo como nosso.
  • Cada membro da equipa tem qualidades ou experiências diferentes que se forem potenciadas se transformam numa vantagem.
  • A capacidade de adaptação ao outro é fundamental para o sucesso do trabalho de equipa.


Trabalhar em equipa pode trazer muitos benefícios, como a possibilidade de partilhar a carga de trabalho e criar desafiantes projetos comuns, mas também podem existir algumas dificuldades no trabalho de equipa com outros colegas.
Às vezes, a falta de paciência ou de envolvimento pode causar pequenas disputas entre pessoas provocando, a longo prazo, consequências negativas para os resultados. Para que tudo corra bem no trabalho de equipa anota alguns conselhos. 

Criar um sentimento de pertença

Para colocar todo o entusiasmo e esforço num projeto, temos que senti-lo como nosso. A realidade é que ninguém deixa a pele num trabalho que não sinta como seu, por isso, numa equipa de trabalho é muito importante que os funcionários se sintam parte do projeto, não apenas simples colaboradores. Ajudará que todos se envolvam no trabalho e consigam os resultados esperados.

Encontrar objetivos comuns

Para remarem todos na mesma direção, é necessário deixar claro desde o início qual é a direção a seguir, isto é, definir os objetivos comuns e a missão do trabalho. Este ponto está diretamente relacionado com a importância de uma boa comunicação.

Responsáveis e comprometidos

Numa equipa de trabalho para alcançar objetivos comuns da maneira mais fácil possível é necessário o compromisso e a responsabilidade da equipa, ou seja, fracassos ou vitórias são fracassos ou vitórias próprias, não apenas da empresa ou dos companheiros.



Diversidade como vantagem

Cada membro da equipa terá qualidades ou experiências diferentes, o que pode ser um ponto a nosso favor se soubermos potenciá-lo, isto é, identificar as facilidades de cada elemento e distribuir as tarefas do projeto de acordo com as capacidades de cada um.

Clima de trabalho favorável

Para não perder a calma ou a ordem a trabalhar em equipa (o que é mais difícil do que parece), deve existir um ambiente favorável no qual todos se sintam responsáveis por mantê-lo. O conforto e a confiança no trabalho são fundamentais, mas certamente esta importância aumenta se o trabalho também for em equipa.

Abertos à adaptação

Na hora de trabalhar, como tudo na vida, todos têm a sua maneira de ser e os seus costumes, mas quando trabalhamos em equipa, as diferentes personalidades podem colidir até criarem problemas de comunicação que afetam o resultado final do trabalho. Portanto, é importante saber de antemão que a capacidade de adaptação aos outros é fundamental. Não podemos impor a nossa maneira de trabalhar a toda a equipa, mas criar uma maneira comum de trabalhar juntos.


Comunicação

Por último, mas não menos necessária, é a importância de uma boa comunicação. Evitar confusões e informar desde o início os objetivos do projeto, as metodologias e os valores a seguir são fundamentais para o sucesso do trabalho em equipa


http://www.universia.pt/#
http://noticias.universia.pt/emprego/noticia/2018/07/06/1160271/compatibilizar-trabalho-equipa-organizacao.html#

quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Comportamento assertivo e a sua impotancia

                             

O que pensa quando ouve a palavra «Assertivo»?

Muita gente pensa em alguém que inflexivelmente não cede terreno, impondo a sua posição, recusando-se a recuar um milímetro. Outros pensam em alguém geralmente agradável mas por vezes teimoso. A maioria das pessoas não percebe o que é realmente um  «Comportamento Assertivo»

O comportamento assertivo, é um estilo natural que não é mais do que ser direto, honesto e respeitoso ao interagir com os outros. E então, que tem isso de extraordinário? Porque é que são necessários cursos e livros para treinar a assertividade?


Fazer troça e mostrar resistência são sintomas de falta de compreensão. Quando as pessoas não entendem é normal resistir às mudanças. A assertividade é o comportamento humano mais desejável ! É necessária para relacionamentos honestos e saudáveis. 

Os cursos, livros e cds são necessários porque muita gente não entende quanto desejável e importante é utilizar o comportamento assertivo. Ao aumentar o numero de pessoas que desenvolvem a assertividade e influenciam outras, a consciência e aceitação da assertividade aumenta.

As pessoas tem que fazer um esforço consciente para desenvolver a sua assertividade. Embora o comportamento assertivo seja espontâneo, não é o unico comportamento natura! O ser humano também evidencia comportamentos passivos e agressivos. Estes estilos criam muitos problemas nos nossos relacionamentos, na nossa vida profissional e nas nossas interações sociais.


                                             

" Ninguém é assertivo por natureza, é uma habilidade social que podemos praticar; algo que requer esforço e conhecimento sobre o que realmente significa esse conceito."

As chaves da assertividade são, na verdade, muito simples. Elas se baseiam no respeito, na humildade e no desejo de viver melhor. Obviamente aprender a ser assertivo exige um esforço, mas isso traz muitas recompensas. Certamente iremos alcançar uma existência menos complicada e mais proveitosa.
A assertividade é definida como a habilidade de nos comunicarmos de maneira franca, direta e gentil, sem coagir ou causar nenhum mal aos outros e também sem omitir ou deixar de expressar o que realmente queremos dizer. Trata-se de um atributo que se situa entre a passividade e a agressividade comunicativas. Na passividade há inibição. Na agressividade, silenciamento ou anulação do outro. Bem no ponto médio está a assertividade.
Conhecer e aplicar as chaves da assertividade nos ajuda a expressar o que desejamos. Também nos ajuda a dizer “não” e a negociar diferenças, sem agredir ninguém. É uma habilidade essencial para ter e preservar uma boa comunicação com os outros e, portanto, as boas relações humanas.

        

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Empatia e Simpatia


Rubem Alves, na crônica “Tênis e Frescobol”, apresenta dois tipos de relações. Uma delas diz respeito jogo de tênis ou ping pong, cujo objetivo é derrotar o adversário visando o poder e a competição, gerando desavenças, brigas e desacordos. O outro tipo de relação é aquela baseada no jogo de frescobol, em que há o olhar para o outro, a sintonia, o entendimento, a troca afetiva, a diversão e o prazer.

Diz Rubem Alves: “Tênis é assim: recebe-se o sonho do outro para destruí-lo, arrebentá-lo, como bolha de sabão… O que se busca é ter razão e o que se ganha é o distanciamento. Aqui, quem ganha sempre perde. Já no frescobol é diferente: o sonho do outro é um brinquedo que deve ser preservado, pois se sabe que, se é sonho, é coisa delicada, do coração. 

O bom ouvinte é aquele que, ao falar, abre espaços para que as bolhas de sabão do outro voem livres. Bola vai, bola vem – cresce o amor… Ninguém ganha para que os dois ganhem. E se deseja então que o outro viva sempre, eternamente, para que o jogo nunca tenha fim…”.



No vídeo “Empatia e Simpatia” (abaixo) fica claro o que Rubem Alves diz sobre o jogo de frescobol. Neste tipo de relação, a empatia permite a conexão a partir do entendimento de perspectivas, reconhecendo o ponto de vista do outro como verdade, sem julgar, identificando a emoção que vem e comunicando-a com respeito e afeto.

sábado, 6 de fevereiro de 2016

As crianças amadas tornam-se adultos que sabem amar


    Nossas primeiras experiências com o mundo marcam o início do nosso desenvolvimento emocional. Na infância se tece uma rede que conectará nossa mente e nosso corpo, o que determinará em grande parte o desenvolvimento da capacidade de sentir e de amar.
    Neste sentido, nosso crescimento emocional dependerá dos nossos primeiros intercâmbios emocionais, que nos ensinarão o que ver e o que não ver no mundo emocional e social no qual nos encontramos.
      

    Assim, o campo da nossa infância nos permite semear o amor de maneira natural, o que determinará que a capacidade de amar e de sermos amados cresça de maneira saudável e nos ajude a nos desenvolvermos no futuro.
    “Somos seres emocionais que aprendem a pensar, não máquinas pensantes que aprendem a sentir”
    Stanisla Bachrach
    Se alimentarmos as crianças com amor, os medos morrerão de fome
    As amostras de carinho e afeto elevam a autoestima das crianças e as ajudam a construir uma personalidade emocionalmente adaptada e inteligente. Ou seja, o nosso amor as ajuda a lidar com os medos naturais que surgem nas diferentes idades, fomentando um grau de sensibilidade saudável.

    As crianças têm uma confiança natural em si mesmas. De fato, nos surpreende que frente a desvantagens insuperáveis e fracassos repetidos elas não desistam. A persistência, o otimismo, a automotivação e o entusiasmo são qualidades inatas das crianças.
    Percebermos isso nos ajuda a sermos conscientes do quão importante é amarmos nossos filhos e educá-los em relação ao respeito, empatia, expressão e compreensão dos sentimentos, controle da impaciência, capacidade de adaptação, amabilidade e independência.


    O que podemos fazer para criar crianças felizes e saudáveis?
    O temperamento de uma criança reflete um sistema de circuitos emocionais inatos específicos no cérebro, um esquema de sua expressão emocional presente e futura, e de seu comportamento. Estes podem ser adequados ou não, por isso a educação deve se tornar um apoio e um guia para elas.

    Para alcançar uma saúde emocional ideal, devemos mudar a forma como se desenvolve o cérebro das crianças. A ideia é que através do amor e da educação emocional estimulemos certas conexões neuronais saudáveis.
    Ou seja, todas as crianças e todos os adultos partem de certas características determinadas que devem ser administradas em conjunto para que possamos alcançar o bem-estar físico e emocional.
    Por exemplo, quando uma criança é tímida por natureza os adultos que se encontram ao seu redor a protegem exageradamente, fazendo com que ela se torne ansiosa com o passar do tempo.

    As chaves básicas de uma educação emocional saudável
    1. Os especialistas costumam recomendar que ajudemos as crianças a falarem de suas emoções como uma maneira de compreender a si mesmas e os demais. Entretanto, as palavras só dão conta de uma pequena parte (10%) do verdadeiro significado que obtemos através da comunicação emocional.
    Por essa razão, não podemos ficar só na verbalização; devemos ensiná-las a compreender o significado da postura, das expressões faciais, do tom de voz e de qualquer tipo de linguagem corporal. Isso será muito mais efetivo e completo para o seu desenvolvimento.
    2. Há anos vem se promovendo o desenvolvimento da autoestima de uma criança através do elogio constante. Entretanto, isso pode fazer mais mal do que bem. Os elogios só ajudarão as nossas crianças a se sentirem bem consigo mesmas se eles estiverem relacionados a ganhos específicos e ao domínio de novas aptidões.
    3. O stresse é um dos grandes inimigos da infância. Entretanto, é um inconveniente com o qual elas têm que conviver, por isso protegê-las em excesso é uma das piores coisas que podemos fazer. devem aprender a enfrentar estas dificuldades naturais de tal forma que desenvolvam novos caminhos neurais que as permitam se adaptar ao meio no qual vivem.
    Não podemos tentar criar nossas crianças em um mundo da Disney de inocência e ingenuidade. O stresse e a inquietação fazem parte do mundo real e da experiência humana, tanto quanto o amor e o cuidado.
    Se tentarmos eliminar esses obstáculos, impediremos que elas tenham a oportunidade de aprender e desenvolver capacidades realmente importantes que as ajudem a enfrentar desafios e decepções que são inevitáveis na vida.
    Revista Pazes - Psicologia e comportamento

domingo, 31 de janeiro de 2016

As relações humanas, o poder do diálogo

As relações humanas são mediadas pela comunicação como ferramenta de interação e linguagem na aproximação das pessoas. Neste sentido, o diálogo franco e honesto encontra-se como importante instrumento de cooperação, conciliação e mediação para a construção de pontes e vínculos mais duradouros no arenoso terreno da instabilidade emocional moderna em que nos encontramos



Dialogar significa não apenas falar sobre sentimentos tão preciosamente essenciais no amadurecimento psíquico dos seres humanos mas também escutar além do simples ouvir com todos os sentidos como um ato de amor ao outro. Para tanto precisamos de sair da individualidade natural de cada um para o desenvolvimento assertivo da empatia ao colocarmo-nos no lugar do outro, sem julgamentos imprecisos à luz das imperfeições da interpretação, desprovida de cautela e bom senso. Mais do que isso, dialogar permite o estreitamento dos laços afetivos, cujo impacto é enorme na construção do sentido de vida de cada pessoa, já que sem o afeto nada somos como humanidade.



Muitas vezes o diálogo é mal interpretado como um uso excessivo de palavras sem objetivo nem resultado aparente, simplesmente pela falta de boa vontade em usar palavras de uma forma harmoniosa, bem como pela dificuldade em se manter uma postura de recetividade para com o outro, sem a condição defensiva que restringe a naturalidade da linguagem e da afetividade. Cada pessoa é responsável pela qualidade de sua comunicação e das relações que daí advém, construindo ou não inter-relações positivas que contribuam efetivamente para a colaboração no bem comum. A palavra, já se sabe, é mantra e ecoa no universo, impregnando-o de uma energia que pode tanto construir, quanto desorganizar mentes, comportamentos, afetos, culminando no progresso ou no atraso de uma sociedade. Por tal aspeto, falar é uma responsabilidade muito grande, porque pode ferir ou elevar a vida de outras pessoas numa fração de segundos.



Ao mesmo tempo, o silêncio, tão precioso na escuta sincera e despretensiosa de preconceitos, ainda é pouco familiar no campo da vida humana, já que, pela imposição de uma vida agitada e repleta de estímulos tecnológicos, acabamos por ser reféns da pouca intimidade com o eco interior que possuímos, sem condições de realmente termos paciência com o som do outro, suas colocações, em virtude do turbilhão de pensamentos que atribulam a mente. Nesse intervalo, nos afastamos do equilíbrio pessoal que consiste no primeiro requisito para o respeito a si, a outro e ao que ele tem a dizer.
Quando tivermos a consciência do poder do dialogo que possuímos, seremos porta vozes de paz e amor uns para com os outros. Uma questão de vontade. Uma questão de humanidade. 


Caroline Lima Silva
http://www.psicologiasdobrasil.com.br/o-poder-do-dialogo/#ixzz3yq6j3E4b