quinta-feira, 27 de julho de 2017

Existe bullying na Educação Infantil?


Existe, mas somente a partir dos 3 ou 4 anos de idade. Especialistas explicam que, antes disso, é comum que os pequenos utilizem comportamentos agressivos simplesmente por estarem em desenvolvimento e não dominarem outras formas de expressão.
Até os dois anos de idade, as crianças estão a descobrir o mundo através dos sentidos e procuram levar tudo à boca.  Morder um colega, portanto, não é uma atitude violenta, e sim um reflexo natural.
Mesmo que realizados intencionalmente – em uma disputa pela atenção do professor ou dos pais, na tentativa de conseguir um brinquedo, motivos de stress comuns nessa faixa etária – outros fatores que definem o bullying não se manifestam. 
Não há um alvo constante nem uma discrepância na relação de poder entre as crianças.
É claro que o adulto presente deve desencorajar a briga e mostrar formas de resolver conflitos através da linguagem; ao mesmo tempo, deve-se tomar cuidado para não supervalorizar a agressão e punir muito rigidamente os envolvidos, pois eles não compreendem que estão a magoar alguém.

É apenas depois dos 3 anos que as crianças desenvolvem a socialização e o senso de “outros” – as pessoas ao seu redor não são mais todas iguais e elas começam a criar laços de amizade, formar grupos e mostrar afinidade com certos colegas. Consequentemente, é na mesma época que surgem os primeiros casos de discriminação, implicâncias e humilhações. A partir de então, elas já têm noção dos sentimentos alheios e podem ferir outras crianças intencionalmente.

Cómo ayudar a tu hijo si sufre bullying


Como identificar o bullying? 

Os apelidos e palavras ofensivas permanentemente são a forma mais comum de bullying (mais da metade dos casos entra nessa categoria). Características físicas são reconhecidas e colocadas como rótulos: gordo, magro, baixinho, quatro-olhos, e assim por diante. Outras particularidades, como o atraso no desenvolvimento – quando uma das crianças não consegue realizar certas tarefas tão bem quanto seus pares -, também desencadeiam bullying. É o que acontece quando a turma repara que apenas um dos colegas não sabe comer sozinho, segurar o xixi ou amarrar os sapatos, e resolve lembrá-lo disso com frequência por meio de piadinhas.
... Bullying: estudo revela que o preconceito é alto entre adultos e

Deve-se estar atento ainda à exclusão. As "panelinhas" estão se formando e certos alunos podem ficar de fora, sem possibilidade de se adaptar ou integrar. Violência física e fofocas são outras formas de bullying, mas menos comuns na Educação Infantil.
Caso as atitudes não sejam apanhadas em flagrante, sinais de que uma criança pode estar sofrendo com o bullying: relutância em ir para a escola, queda de desempenho ou até mesmo regressão na aprendizagem, ansiedade ou medo de ficar junto aos colegas, se manifestar ou deixar a companhia dos adultos, súbita agressividade e queda da autoestima. É bastante usual que ela não admita o acontecido justamente por se achar de alguma forma merecedora das represálias dos colegas (entenda: ela também identifica em si mesma o “problema” que está causando as implicâncias, e vê isso como justificativa).
PEDAGOGIA NA FAM: Saiba identificar e combater o bullying nas escolas

Quais os motivos do bullying?

É essencial que o professor preste atenção e identifique essas atitudes o quanto antes. A seguir, é preciso identificar se o comportamento se qualifica mesmo como bullying ou não passa de uma fase, engatilhada por outros acontecimentos na vida pessoal das crianças. Procure conhecer a dinâmica familiar de cada aluno – as agressões podem ser resultado de:
  • Cobranças e expectativas muito altas dos adultos em sua vida – a criança é exigida demais, colocada em muitas atividades extracurriculares, criticada com frequência e pouco elogiada. Isso pode levá-la a ter baixa autoestima, sentindo sempre ser incapaz de alcançar o que é esperado dela;
  • Falta de limites e mimos em excesso – muitas vezes, pais e mães querem compensar a ausência durante a semana com uma permissividade excessiva ou comprando presentes sempre que a criança manifesta qualquer desejo. Assim, as crianças não aprendem a lidar com limitações, frustrações ou com terem suas ideias contrariadas;
  • Problemas de desenvolvimento cognitivo ou emocional, dificuldades de relacionamento ou experiências traumáticas, como agressão ou abuso .




segunda-feira, 24 de julho de 2017

O Homem que plantava árvores




Inspirado em acontecimentos verdadeiros, traduzido em diversas línguas e largamente difundido pelo mundo inteiro, O Homem Que Plantava Árvores é uma história inesquecível sobre o poder que o ser humano tem de influenciar o mundo à sua volta.
Narra a vida de um homem e o seu esforço solitário, constante e paciente, para fazer do sítio onde vive um lugar especial.
Com as suas próprias mãos e uma generosidade sem limites, desconsiderando o tamanho dos obstáculos, faz, do nada, surgir uma floresta inteira - com um ecossistema rico e sustentável.
É um livro admirável que nos mostra como um homem humilde e insignificante aos olhos da sociedade, a viver longe do mundo e usando apenas os seus próprios meios, consegue reflorestar sozinho uma das regiões mais inóspitas e áridas de França.
O Homem Que Plantava Árvores de Jean Giono


The Man Who Planted Trees by Jean Giono (Hardcover - Anniv. Ed ...



A novela O Homem que Plantava Árvores, de Jean Giono, foi escrita em 1953. É um pequeno texto que se tornou uma espécie de bíblia dos movimentos ecologistas. O próprio Giono disse que a tinha escrito “para que as pessoas gostem de plantar árvores”. Independentemente dos propósitos naturalistas do autor ou das leituras ambientalistas que foram feitas da novela, esta tem o particular condão de colocar o homem, na figura da personagem Elzéard Bouffier, na encruzilhada entre história e natureza.

Em linhas gerais, o narrador, numa das suas viagens a pé pela Haute Provence, acaba por conhecer Elzéard Bouffier, um pastor solitário e de poucas palavras. A região que habita é praticamente desértica, onde, com a excepção da alfazema, nada parece crescer. A vida humana ter-se-ia retirado para longe daqueles lugares inóspitos. O narrador vai descobrir e acompanhar, com os interlúdios impostos pela história humana, a tarefa desmesurada a que o solitário se entregava, a saber, a reflorestação da zona, utilizando apenas uma vontade determinada e instrumentos rudimentares. Vontade e ausência de recurso aos meios técnico-científicos são os traços fundamentais de Elzéard.

A personagem é monolítica. Não há nela uma metamorfose ao longo da narrativa. É encontrada já completamente formada, solitária, empenhada no seu destino. O que a conduz ali não sabemos. Conhecemos apenas a sua vontade e os resultados dessa vontade, as transformações regeneradoras que a natureza sofre – transformações que ele produz entre 1913 e 1947 e que, quando se tornam visíveis, as autoridades julgam dever-se a uma resposta espontânea da natureza – e que vão permitir o retorno da vida humana àqueles locais.

Quem é o solitário Elzéard Bouffier? Qual a sua verdadeira identidade? Voltemos à velha definição dada por Aristóteles na sua Política (1253a 3-5): o homem é, por natureza, um ser vivo político. Aquele que, por natureza e não por acaso, não tiver cidade, será um ser decaído ou sobre-humano, tal como o homem condenado por Homero como “sem família, nem lei, nem lar”. Bouffier não tem cidade, não se inscreve no âmbito da cidadania e os acontecimentos históricos – e que acontecimentos históricos – passam-lhe completamente ao lado. Giono desenha assim uma personagem que, sendo humana, não é um homem, não é um ser vivo político.

Como nada sabemos da motivação de Elzéard nem do que o conduziu à solidão, não há uma história das peripécias e dos acasos que o conduziram aquela situação e o instituíram naquela missão, podemos suspeitar que é a sua própria natureza, e não os acidentes da vida, que o colocam ali. Portanto, Elzéard Bouffier só pode ser ou um ser decaído ou um ser sobre-humano, um deus. Apesar de não ter família nem lei, e de o lar ser absolutamente rudimentar, embora completamente ordenado, descobre-se que o pastor, pelos resultados da sua acção, só pode ser um deus.

Jean Giono

Ele encarna a essência do Deus de Espinosa. É uma natureza naturante cuja produtividade se manifesta na chamada natureza naturada. Elzéard Bouffier, com a sua vontade determinada, é um deus criador que produz e conserva, no silêncio e desconhecimento dos homens, a obra da sua criação. Um deus é idêntico a si mesmo, a sua biografia não resulta dos acasos e acidentes do mundo, a sua identidade não nasce de um processo de construção mas está dada a priori. Ele constrói ou reconstrói a natureza.

Só um deus, em plena França da primeira metade do século XX, pode passar incólume pelos acontecimentos históricos. As guerras de 1914-1918 e de 1939-1945 passam ao lado de Elzéard Bouffier e da sua obra. Os homens matam-se, mas o deus prossegue sereno e determinado a sua missão de reconstrução da natureza, de produção das condições de possibilidade da vida humana, plantando mais e mais árvores. É fora da história que ele age. Não age contra ela, mas ignorando-a. A anistoricidade da personagem de Giono coloca problemas bem mais pregnantes do que a leitura ecológica da sua acção. Será possível a vida humana sem que alguns homens se coloquem fora da cidade e da história?

A história é o produto da vida em sociedade, mas é também o lugar do conflito e da destruição. Deixada a si mesma a história, bem como a vida social, arrasta a destruição, pois a sua essência é o devir e a destruição do dado, a substituição interminável dos factos por novos factos. Elzéard Bouffier simboliza aqueles que, abdicando de uma biografia social e histórica, se recolhem num além da cidade e da política para assegurar que a natureza e a própria cidade sejam ainda possíveis, apesar da história, da cidade e da política. Aristóteles, talvez devido à metodologia de investigação que usou, não compreendeu que a existência da cidade depende daqueles homens e mulheres que estão para lá dela. Descobriu que eles são sobre-humanos, mas não compreendeu que essa sobre-humanidade é a condição de possibilidade do próprio homem e das suas instituições. A novela de Jean Giono, na sua singularidade singela, deixa-o perceber.

Jean Giono (2012). O Homem que Plantava Árvores
Tradução de Manuel Oliveira.

Projeto Braille Bricks- Lego que ensina a escrever em braille


Os Braille Bricks são semelhantes às peças de Lego, com uma diferença: cada uma traz uma letra em Braille na parte superior. A iniciativa brasileira, sem fins lucrativos, quer alfabetizar crianças cegas de um modo mais fácil e divertido.
Não fosse a disposição das bolinhas de encaixe na parte de cima das peças, e um conjunto de Braille Bricks passaria por um conjunto de Lego convencional. Mas aqui, cada peça representa uma letra ou um sinal gráfico e pode ser combinada com outras peças para compor as letras.
Ao passo que cometer um erro nas máquinas de escrever pode significar recomeçar todo o processo do zero, já que aí o papel é perfurado a cada letra digitada, com os Braille Bricks esta tarefa transforma-se num processo de montagem e desmontagem de letras e palavras, mais fácil e divertida.
O projeto, sem fins lucrativos e sob a licença Creative Commons, ainda não tem uma data de lançamento definida. Criado pela Fundação Dorina Nowill para Cegos, em parceria com a agência Lew’Lara/TBWA, é agora necessário um patrocinador que ajude os Braille Bricks a avançar.








Reportagem SIC: "Somos o que comemos"


Os erros alimentares são cada vez mais a causa de perda de anos de vida saudável . 
A má alimentação e o consumo excessivo de açúcar são os principais ingredientes para doenças como a diabetes e a hipertensão.



Sugiro que a vejam até ao final a grande reportagem da SIC: "Somos o que comemos":




domingo, 23 de julho de 2017

Ação Social junto da Família:


Objetivos:

1 - A proteção social, que visa à garantia da vida, à redução de danos e à prevenção da incidência de riscos, especialmente:
a) A proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;
b) O amparo às crianças e aos adolescentes carentes;
c) A promoção na integração no mercado de trabalho;
d) A habilitação e a reabilitação das pessoas com deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária;

2 – O acompanhamento da ação social visa a análise territorial da capacidade de proteção das famílias e nela a ocorrência de vulnerabilidades, de ameaças, de vitimizações e danos;

3 - A defesa de direitos, que visam garantir o pleno acesso aos direitos no conjunto dos apoios sociais.
Para combater a a pobreza, a assistência social deve ter uma posição integrada com as políticas setoriais, garantindo mínimos sociais e provimento de condições para atender contingências sociais, de forma a atingir a universalização dos direitos sociais.

Princípios:

I. Supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de rentabilidade económica;
II. Universalização dos direitos sociais;
III. Respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços de qualidade, bem como à convivência familiar e comunitária, afastando qualquer comprovação humilhante da necessidade;
IV. Igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de qualquer natureza;
V. Divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos de assistência, bem como dos recursos oferecidos pelos serviços publicos e dos critérios para sua concessão.



Constituição de equipa

1 - Tendo como base os objetivos e seguindo os princípios da Ação Social, torna-se obrigatório a existência de uma equipa interdisciplinar, a fim de fazer face às várias exigências que carecem de competências distintas;

2 – Tendo em consideração que a intervenção dos diversos profissionais (psicólogos, assistentes sociais e pedagogos sociais), constituintes desta equipa, tem funções que se cruzam/complementam, é fundamental que estes elementos trabalhem numa rede muito próxima.


sábado, 22 de julho de 2017

O Bullying e a escola


O Bullying é o resultado de muitas falhas na Educação/ contexto escolar. Quando falamos de crianças ou jovens mais "timidos/recatados" (isso faz parte também da educação/ diversidade) , não nos podemos esquecer que sendo ofendidos e abordados de forma repetida e mal educada não tem a "deseducação" para tratarem a "escumalha" da mesma maneira. Acontece simplesmente que se calam porque não tem intenção de ofender os outros nem de magoar, é natural que num ambiente tóxico, no meio escolar, as crianças e jovens assumam uma atitude mais triste e a "precisarem de ajuda".






E a escola? não são as crianças e jovens que tem que dirigir uma escola, são os profissionais da educação. 





É urgente pensar a educação e a direcção de muitas escolas.

Brincar é coisa séria




segunda-feira, 17 de julho de 2017

Aprender a aprender


Resultado de imagem para Engineering Start early - YouTube








Um mal entendido...

Foto de Fátima Mesquita.

Terapia Assistida por animais - Pós graduação




TAA (Terapia Assistida por Animais) é um processo terapêutico que visa alcançar com a ajuda do animal os objetivos planeados pelos profissionais de saúde, que podem ser Psicólogos, Fisioterapeutas, Terapeutas Ocupacionais, Médicos, etc. (Bortolin, 2014)
Os estudos a respeito dos benefícios do contato humano com os animais demonstram que ao ter um contato profundo com o cão o indivíduo relaxa o corpo, baixa a frequência cardíaca, a pressão arterial, e estabiliza a respiração.
Ao contrário do que muitas pessoas pensam o potencial terapêutico da TAA não consiste no simples fato de levar o animal até às pessoas. Nas Terapias os indivíduos são avaliados, são estabelecidos objetivos e através do animal, o paciente é estimulando e motivado cujos resultados são visíveis mais rapidamente comparativamente com as terapias convencionais.






Pós Graduação em Terapia Assistida por animais : Cães e cavalos

Esta é uma Pós-Graduação inovadora nacional e internacionalmente. É composta por uma parte equina e outra canina, reunindo os especialistas das diversas áreas de formação com conhecimento e prática clínica. Para a componente canina os formandos poderão trazer o seu próprio cão – ao longo do curso poderão aprender a treiná-lo e no final incluí-lo na sua prática clínica.
A componente equina será igualmente prática e ministrada em contexto real de centro hípico. 

É expectável que os formandos saiam do curso aptos para integrar, por exemplo, uma equipa de hipoterapia.




http://www.institutocriap.com/newsletters_arquivo/14_07_2017_info_posganimais/?utm_source=phplist250&utm_medium=email&utm_content=HTML&utm_campaign=Como+os+animais+ajudam+na+Terapia%3F

terça-feira, 4 de julho de 2017

Conferência Internacional "Pedagogia Social e Educação Social"



Universidade do Estado do Arizona esta oferecendo bolsas de estudo
"A Associação de Pedagogia Social, em colaboração com o Programa de Pedagogia Social e Cultural da Universidade Estadual do Arizona, a Organização de Estudantes de Graduação em Pedagogia Social e Cultural (SCP-GO), os Processos Educativos da Faculdade de Filosofia e Letras da BUAP e o Red Mexicana de Pedagogia Social, congratula-se em anunciar a Conferência Internacional " Pedagogia Social e Educação Social: Bridging tradições e inovações", que se realizará na Universidade Autónoma de Puebla, de 22 a 24 de fevereiro de 2018. "

A Associação de Pedagogia Social, o Programa de Pós-Graduação em Pedagogia Social e Cultural da Universidade do Estado do Arizona, a Organização de Estudos de Pedagogia Social e Cultural, em colaboração com Processos Educativos da Faculdade de Filosofia e Letras da BUAP y la Red Mexicana de Pedagogia Social, tem o prazer em anunciar o Congresso Internacional "Pedagogia social e educação social:  conectando tradições e inovações ", que é um empreendedor que leva a cabo na Universidade Autônoma de Puebla de 22 de fevereiro de 2018.  


Este congresso tem como Objetivo fortalecer tres ligações:

-Em primeiro lugar, congregará académicos e educadores sociais para promover a ligação entre teoría e prática. 
-Em segundo lugar reconhecer as tradições da pedagogia social e da educação social, e ao mesmo tempo se distinguirão iniciativas inovadoras nestes campos. 
-Em terceiro lugar, ter o inglês e o espanhol como idiomas oficiais do congresso, é possível promover o diálogo entre pedagogos e educadores sociais de diferentes continentes. 

http://www.socialpedagogy.org/2018conference-573186.html