É fundamental incentivar os adultos a aprender, a refletir e praticar as suas próprias habilidades sociais e emocionais , para o sucesso da implementação de um currículo de competências sociais e emocionais. A construção de relações, num ambiente de interacção, reflexão e colaboração (cooperação) .
A importancia e o papel das competencias socioemocionais ganhou forma no mundo inteiro ao longo das ultimas décadas. O aparecimento, nos anos 90, do Paradigma do Desenvolvimento Humano, proposto pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) e a publicação do Relatório Jacques Delors, organizado pela Unesco, representaram um importante passo para o debate sobre a importancia de uma educação plena, que considera o ser humano na sua integralidade.
O primeiro texto coloca as pessoas no centro dos processos de desenvolvimento e destaca a educação como oportunidade central para prepará-las para escolhas e ajudá-las a transformar as suas capacidades em competências.
O Relatório da UNESCO sugere um sistema de ensino assente em quatro pilares
Nas mais diversas áreas (Educação, psicologia e neurociências) começam a ser definidas por especialistas quais seriam as competências necessárias ao alcance dos quatro pilares propostos e se existiriam outros grandes objetivos para a aprendizagem. Foram feitos estudos onde investigaram a relação entre o desenvolvimento socioemocional e desenvolvimento cognitivo assim como a união dos dois com os vários contextos de aprendizagem (família, escola, comunidade, ambiente laboral etc.) e com outros indicadores de bem estar ao longo da vida (saúde, segurança, renda, entre outras).
Que competências socioemocionais podem ser desenvolvidas?
Neste processo, tanto crianças como adultos, aprendem a colocar em prática as melhores atitudes e habilidades para controlar emoções, alcançar objetivos, demonstrar empatia, manter relações sociais positivas e tomar de cisões de maneira responsável entre outros. Uma abordagem como essa pode ajudar, por exemplo, na elaboração de práticas pedagógicas mais justas e eficazes.
A preocupação com o desenvolvimentondessas caracteristicas sempre foi objetivo da Educação e precisa ser entendido como um processo de formação integral que não se restringe à transmissão de conteúdos.
" Estamos a falar de uma mudança de cultura, de compreensão da vida, do que acreditamos que é o ser humano, o conhecimento e a aprendizagem" explica a Anita Abed consultora da Unesco (Organização das Nações Unidas para a educação e Cultura). "O conhecimento em si deve ser amplamente significativo e agradável, algo da ordem socioemocional".
Anita Abed, consultora da UNESCO e autora de estudo-base sobre competência socioemocionais para o Conselho Nacional de Educação, explica como a abordagem ajuda a formar um cidadão completo
A nova visão não implica em deixar de lado o grupo de competências conhecidas como cognitivas (interpretar, refletir, pensar abstratamente, generalizar aprendizados), até porque elas estão relacionadas estreitamente com as socioemocionais.
Obrigado por este blogue que traduz um excelente trabalho e com uma grande diversidade de assuntos bem importantes.
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