terça-feira, 16 de janeiro de 2018

O Poder dos quietos


Um livro nos atrai por sua capa, por seu título, por sua chamada, ou por tudo isso ao mesmo tempo. Este livro me atraiu, como imagino que tenha atraído a maior parte de seus leitores, devido a uma pergunta inquietante: De que lado do espectro social eu estou? Sou um introvertido? Um extrovertido? Ou é possível ser uma média das duas coisas? Certo, não é uma pergunta, são quatro. Elas vêm rondando as mentes de muitos de nós, e talvez há bastante tempo, sem que o passar dos anos e as experiências nos tenham fornecido uma resposta definitiva e convincente. Até agora. Foi por isso que li este livro não como se mascasse um chiclete, mas tentando digerir cada frase. Interrompi a leitura em vários momentos para pesquisar nomes, lugares e fatos. Ao terminar, descobri aliviado que a grande questão — estou lendo este livro para tentar mudar o que sou ou para me sentir melhor sendo o que sou? — me dava como resposta a segunda opção. A proposta do livro é mostrar que a introversão não é uma doença, nem um pecado social, nem uma falha grave na formação. É uma característica inata que, para render bons frutos, tanto na vida pessoal quanto na carreira profissional, não precisa ser curada, remendada ou disfarçada. Os introvertidos raramente ouviram ou leram algo parecido antes. Pelo contrário. Crianças caladas, que preferem ficar em seu canto, mesmo que pareçam satisfeitas, são quase sempre incentivadas a se soltar mais, a procurar amigos, a sair da toca. Tanto em casa como na escola, elas são classificadas como envergonhadas, retraídas, sem iniciativa, e comparadas negativamente com colegas que parecem já ter nascido para brilhar sob as luzes dos refletores. O introvertido foi aquele aluno que sabia a resposta a uma pergunta que a professora fez, mas não levantou a mão para responder. Foi aquele que, quando havia um teatrinho numa festa da escola e o coordenador solicitava voluntários para atuar, imediatamente decidia que seu lugar era na plateia, e não no palco. O introvertido foi aquele pré-adolescente que, arrastado para uma festinha com colegas da mesma idade, ficou sentado o tempo todo em sua cadeira, observando os acontecimentos, enquanto os colegas mais animados corriam, dançavam e falavam alto. Foi aquele adolescente que aprendeu a tocar um instrumento musical para exprimir sua arte, mas nunca cogitou se apresentar em público para mostrar como era talentoso. E na vida adulta foi, e continua sendo, aquele profissional incapaz de insinuar que está fazendo um excelente trabalho. Se o chefe notar, tudo bem. Se não, paciência. O mundo dos que querem e precisam se sobressair não é o mundo dele. Mas, como se verá fartamente neste livro, grandes mudanças ocorreram 

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