Rubem Alves, na crônica “Tênis e Frescobol”, apresenta dois tipos de relações. Uma delas diz respeito jogo de tênis ou ping pong, cujo objetivo é derrotar o adversário visando o poder e a competição, gerando desavenças, brigas e desacordos. O outro tipo de relação é aquela baseada no jogo de frescobol, em que há o olhar para o outro, a sintonia, o entendimento, a troca afetiva, a diversão e o prazer.
Diz Rubem Alves: “Tênis é assim: recebe-se o sonho do outro para destruí-lo, arrebentá-lo, como bolha de sabão… O que se busca é ter razão e o que se ganha é o distanciamento. Aqui, quem ganha sempre perde. Já no frescobol é diferente: o sonho do outro é um brinquedo que deve ser preservado, pois se sabe que, se é sonho, é coisa delicada, do coração.
O bom ouvinte é aquele que, ao falar, abre espaços para que as bolhas de sabão do outro voem livres. Bola vai, bola vem – cresce o amor… Ninguém ganha para que os dois ganhem. E se deseja então que o outro viva sempre, eternamente, para que o jogo nunca tenha fim…”.
No vídeo “Empatia e Simpatia” (abaixo) fica claro o que Rubem Alves diz sobre o jogo de frescobol. Neste tipo de relação, a empatia permite a conexão a partir do entendimento de perspectivas, reconhecendo o ponto de vista do outro como verdade, sem julgar, identificando a emoção que vem e comunicando-a com respeito e afeto.
O geocaching é a caça ao tesouro dos tempos modernos. Promove a exploração do património natural e cultural através de um estímulo que passa pela procura de recipientes escondidos (geocaches) em locais estratégicos por todo o mundo, através de coordenadas ou pistas.
O objetivo não é o de ficar com o(s) “tesouro(s)” para si mas assinalar que se descobriu a geocache e contribuir para a sua divulgação.
O geocaching dos direitos é uma atividade promovida pelas Comissões de Proteção de Crianças e Jovens de Barcelos e de Vila Verde cujo objetivo é o de sensibilizar para os direitos da criança, de uma maneira lúdica, pró ativa e juvenil.
Os interessados deverão procurar as geocaches escondidas pelas respetivas cidades e escrever os seus comentários nos blocos que encontrarem em cada geocache, sem os remover. Os blocos foram ilustrados para esta atividade, representando os direitos das crianças e têm dados importantes sobre estas temáticas bem como a pista para as geocaches seguintes.
Encontrarão também um objeto representativo do direito descrito (não deverão remover esses objetos a não ser que tenham outro de igual significado em substituição).
Garantimos reflexão interessante sobre o tema, acesso a arte e alguma aventura.
Venha conhecer estas cidades através dos direitos da criança!
Uma professora da Universidade de British Columbia (Canadá), Suzanne Simard, explica como as árvores se comunicam. Segundo ela, a conexão se dá debaixo da terra, através dos fungos que envolvem as raízes, todo o ecossistema se mantém sadio e interligado.
Estas ligações são comparadas com o cérebro humano que, para realizar as sinapses, transmite impulsos elétricos entre neurônios e axônios. Já as árvores utilizam fungos, raízes, solo e microorganismos para fazer a mesma coisa.
“Existe uma proposta de um professor chamado Francis Wolff, num livro chamado Civilização e Barbárie, em que ele faz a seguinte pergunta: “Quem é o bárbaro atual?”. O livro organizado pelo professor Adauto Novaes, chama-seCivilização e Barbárie, e um dos primeiro artigos pergunta “Quem é o bárbaro?”. A tendência grega tradicional era dizer “Quem é bárbaro é quem não fala grego, quem está fora da minha cultura. O latino: É bárbaro quem está fora da cultura romana”. Pro chinês é bárbaro todo mundo que não seja chinês. Bem, o bárbaro era visto como não civilizado. A proposta deste texto é pensar que a barbárie floresceu, por exemplo, no exemplo citado do nazismo, no país mais culto da Europa que era a Alemanha. No país que lia Kant em alemão. Tenta imaginar o que é isso: Ler Kant em alemão (risos na plateia). O país que lia Kant em alemão, produzido Bach e Beethoven. Bom, o país que produziu tanta cultura formal incendiou uma das crenças mais bárbaras do século 20 e um modelo de barbárie. O que proponho de novo neste texto?
É bárbaro todo aquele que propõe, na sua teoria, a exclusão do outro. É civilizado, seja um índio ianomâmi, ou um alemão, todo aquele que propõe a aceitação da existência do outro. Então ele foge ao termo Civilização e Barbárie tradicional, oferece uma saída para esse caminho e vai nos dizer exatamente isso. Acho que o fundamentalista que prega a eliminação do outro deve ser tratado como racista, ou seja, como uma patologia ‘educar’ e, segundo caso: não sendo possível a educação, deve ser encarcerado. Por quê? Porque não é possível conviver com pessoas que quer lhe excluir da humanidade. Não é possível.
O racismo é problema tanto patológico como baixa inteligência e falta de caráter. Ou uma combinação das três coisas. O fundamentalismo não precisa ser ‘falta de caráter’. Eu ainda acho que se pode educar para a Tolerância Ativa, princípio que eu defendi quando elaborei os cinco volumes para o ensino religioso em São Paulo, que é o ensino leigo, não baseado em religião. Nós propusemos nesses volumes o chamado ‘tolerância ativa’. O que é tolerância ativa? Não é que eu tolero que você seja presbiteriano eu, católico? Não é que eu tolero. Eu acho fundamental que exista essa diversidade. E não existiria mundo e o mundo seria um lugar terrível se você não fosse presbiteriano e eu católico. Isso é tolerância ativa. Não é que eu diga assim: “Até que eu tolero um gay, desde que não chegue perto”. É fundamental que existam gays. É fundamental pessoas de diversas etnias, é fundamental que existam diversas opiniões, inclusive contrárias à minha.
Essas divergências tornam o mundo local horrível. Quem aceita isso é civilizado. Quem não aceita isso é bárbaro. Pode falar dez línguas, continuará sendo um bárbaro. Ou seja, eu compartilho dessa ideia de que o fundamentalista é violento, tal como o racista, tal como o pedófilo. Tenho que ser reeducado, talvez com uma educação formal, eletrochoque, prisão, alguma coisa que funcione e, não funcionando, ele ter de ser isolado da sociedade. Ou talvez se pudesse escolher uma ilha para onde mandassem todos esses tipos de pessoas que querem excluir os outros.
Só os violentos. Porque se não for a violência, se apenas disser: na minha concepção você vai para o inferno, isso não me afeta. Isso não me afeta… isso é apenas um problema de debate. Na verdade, o limite da liberdade é o limite de eu poder me expressar e a questão da dignidade do corpo, em particular. Agora, se alguém acha que eu vou pro inferno por algum motivo, eu também reconheço o direto dessa pessoa também me mandar pro inferno. Como se atribui a Voltaire, mas também não é dele, curiosamente, “Eu não concordo com uma palavra do que me dizes, mas defenderei à morte o direito de dizeres”. Não é dele, mas é uma frase que ilustra bem o pensamento de Voltaire: tolerância. É fácil ser tolerante com a ideia parecida com a minha. O difícil é ser tolerante com a ideia oposta à minha. É o choque entre pólos que não conseguem entender que o outro possa estar correto. E aí as próprias religiões dão a solução: o primeiro princípio é uma regra áurea, comum a quase todas as religiões, não fazer ao outro o que não quer que seja feito a si. Essa regra áurea que Norman Rockwell, que fez um pôster que está na ONU, é a norma básica: colocar-se no lugar do outro e, segundo os budistas e cristãos, é compaixão. O que significa isso?Compassione em latim: eu sinto junto. E sentindo junto eu penso o que perturba o outro. Esse é um exercício fascinante. A compaixão a todo o momento.
Porque como lembrou Sartre, e de alguma o Papa Paulo XVI, que era uma pessoa hamletiana, melancólica, né? Como lembrou Sartre: “o inferno são os outros” e, nós somos o inferno dos outros. Só quem vive feliz é Robinson Crusoé até que Sexta Feira chegue à sua ilha. Viver em sociedade é uma negociação permanente e essa negociação é dura. É árdua em vários sentidos”. Leandro Karnal
Convite: lançamento dia 17 maio de 2016, 17 horas, auditório 1 da ESECS-IPLeiria
VIEIRA, Ana e VIEIRA, Ricardo (2016). Pedagogia Social, Mediação Intercultural e (Trans)Formações, Porto: Profedições.
O livro terá pré apresentação e venda nos dias 29 e 30 de abril, no Porto, no Congresso Nacional da Fenprof.
Será apresentado em Leiria, na ESCES-IPL, no dia 17 de maio de 2016, pelas 17 horas, no auditório 1.
A apresentação estará a cargo da Doutora Isabel Baptista, Professora Associada da Universidade Católica do Porto e do Doutor Américo Peres, Professor Associado com Agregação da UTAD.
Agradecemos, desde já, a todos os que quiserem estar connosco neste momento de partilha e discussão científica.
"Documentário fílmico em que se aborda a evolução da linguagem na criança: o grito de querer ser, as lalações, as ecolálias, a palavra, a frase, os discursos relacionais tendo por base as várias formas de expressões artísticas e a palavra como elo comunicacional. Sublinha-se a importância decisiva da criação de condições sócio-culturais e educacionais favoráveis ao desenvolvimento linguístico e cultural da criança. O foco da segunda parte do documentário, filmado nas X Palavras Andarilhas, em Beja, é colocado no livro e na mediação da leitura, com ênfase para os contadores de histórias, bem como nas variáveis determinantes da comunicação, considerando-se a energia vital que é a magia da palavra para o ser humano e as comunidades culturais onde ele se integra."
E se de repente descobrisse que o seu sentido de humor poderia ser um grande aliado quando se encontra em situações que lhe causam maior stresse? E se de repente sentisse que aquelas emoções negativas que o invadem de tal forma numa situação stressante, diminuíam de intensidade, quando utiliza o humor? E se de repente começasse a ver que aquela situação que normalmente o deixa realmente ansioso, não é afinal uma situação tão má quanto imaginava porque de repente olhou para ela utilizando o seu sentido de humor?
Parece impossível? Pois bem, tudo isto está cientificamente comprovado! Vários estudos têm demonstrado que o humor pode ser utilizado como uma estratégia para lidar com as exigências do meio que nos rodeia e com as nossas próprias exigências (internas), as quais poderão ser geradoras de stresse. Ou seja, o sentido de humor é considerado como uma estratégia de coping.
Ora se o stresse depende da forma como cada pessoa avalia cada situação e da sua capacidade para lidar com a mesma, então, o sentido de humor torna-se útil como uma ferramenta capaz de explorar alternativas de resposta a situações stressantes, proporcionando avaliações mais positivas mesmo perante as adversidades. Desta forma, produz uma mudança cognitiva e afetiva, pois envolve uma reestruturação da forma como se olha para uma situação, o que a torna menos ameaçadora com um alívio da emoção associada à situação percebida e redução das sensações corporais associadas a essa mesma emoção (excitação fisiológica). Desenvolvendo esta estratégia, será capaz de ter uma nova perspetiva e, ao mesmo tempo, ganhar distância perante situações geradoras de stresse, o que lhe permite lidar mais eficazmente com o mesmo e, consequentemente aumentar o seu bem-estar.
Alguns estudos indicam também que os indivíduos que utilizam o sentido humor para lidar com o stresse têm menos probabilidade de ficar deprimidos, ansiosos ou emocionalmente instáveis. Também relatam níveis menores de dor e ganham algum controlo sob a severidade da sua doença. Revelam ainda maior saúde psicológica, porque o uso frequente do seu humor ajuda-os a reavaliar fontes de stress como menos ameaçadoras, resultando geralmente numcoping mais eficaz.
Se neste momento, se está a perguntar porque é que algo tão simples quanto o humor pode ser uma ferramenta tão poderosa na gestão do stresse, aqui ficam as respostas:
– Funciona como uma distração, interrompendo a cadeia de pensamentos negativos que resultam em stresse;
– Provoca risos ou gargalhadas, o que, por si só, é um libertador físico da tensão, estimulando a libertação de hormonas responsáveis pela sensação de prazer;
– Retira o foco da atenção em si mesmo e nas emoções negativas e intensas e coloca o foco nas outras pessoas e no que o/a rodeia.
Apesar de o uso do sentido de humor ser uma estratégia eficaz para lidar melhor com o stresse, estudos indicam que as pessoas tendem a utilizar outras estratégias que não o humor. Provavelmente estará a pensar como poderá melhorar o seu sentido de humor. Aqui ficam algumas dicas:
– Nada melhor do que aprendermos, observando. Portanto, se conhece alguém que considera ter um sentido de humor apurado, sobretudo em situações mais difíceis, observe como essa pessoa lida com essa situação e aprenda com ela;
– Tente encontrar algo engraçado para dizer quando se encontra numa situação que lhe provoque maior stresse;
– Perante uma situação geradora de stresse, olhe para essa situação de fora e tente imaginá-la a acontecer com outra pessoa. Por exemplo, se alguém estivesse a fazer uma apresentação oral e se enganasse numa palavra que tinha piada, provavelmente iria rir-se. Porque não fazer o mesmo quando isso acontecer consigo?
– Rir-se de si próprio/a significa aceitar-se, por isso, ser capaz de se rir sobre uma situação mais constrangedora para si alivia imediatamente o stresse, simplesmente porque aceita que também pode errar!
Do que está à espera? É simples, eficaz e não tem que pagar nada por ele! O seu sentido de humor é um excelente recurso que tem! Por isso… faça uso dele! Mas cuidado: Use-o com sentido, porque existem situações onde realmente é precisa a seriedade! Humor com sentido, stress resolvido.
"Todos os dias, uma formiga chegava cedinho ao escritório e pegava duro no trabalho. A formiga era produtiva e feliz.
O gerente marimbondo estranhou a formiga trabalhar sem supervisão. Se ela era produtiva sem supervisão, seria ainda mais se fosse supervisionada. E colocou uma barata, que preparava belíssimos relatórios e tinha muita experiência, como supervisora.
A primeira preocupação da barata foi a de padronizar o horário de entrada e saída da formiga.
Logo, a barata precisou de uma secretária para ajudar a preparar os relatórios e contratou também uma aranha para organizar os arquivos e controlar as ligações telefônicas.
O marimbondo ficou encantado com os relatórios da barata e pediu também gráficos com indicadores e análise das tendências que eram mostradas em reuniões.
A barata, então, contratou uma mosca, e comprou um computador com impressora colorida.
Logo, a formiga produtiva e feliz, começou a se lamentar de toda aquela movimentação de papéis e reuniões!
O marimbondo concluiu que era o momento de criar a função de gestor para a área onde a formiga produtiva e feliz, trabalhava. O cargo foi dado a uma cigarra, que mandou colocar carpete no seu escritório e comprar uma cadeira especial...
A nova gestora cigarra logo precisou de um computador e de uma assistente a pulga (sua assistente na empresa anterior) para ajudá-la a preparar um plano estratégico de melhorias e um controle do orçamento para a área onde trabalhava a formiga, que já não cantarolava mais e cada dia se tornava mais chateada.
A cigarra, então, convenceu o gerente marimbondo, que era preciso fazer uma pesquisa de clima. Mas, o marimbondo, ao rever as finanças, se deu conta de que a unidade na qual a formiga trabalhava já não rendia como antes e contratou a coruja, uma prestigiada consultora, muito famosa, para que fizesse um diagnóstico da situação.
A coruja permaneceu três meses nos escritórios e emitiu um volumoso relatório, com vários volumes que concluía: Há muita gente nesta empresa!
E adivinha quem o marimbondo mandou demitir?
A formiga, claro, porque ela andava muito desmotivada e aborrecida."
O livro "Nem todas as mães amam os filhos", de Rose Ferreira, tem uma história forte com uma linguagem acessível. Vale muito a pena lê-lo. "Dos jogos psicológicos e à difamação na idade adulta, até o rompimento do ciclo de dor e a busca do equilíbrio. Uma história real e verdadeira, que conduzirá o leitor pelos universos da psicopatia, do amor e do perdão." "No caso da mãe da autora, o pior de sua personalidade manifesta-se em seu núcleo familiar e seu sadismo é exercido sobre os mais frágeis. No ambiente externo, esconde o seu verdadeiro ego e mostra-se simpática e afável. Para ser aceita e querida, cria histórias nas quais há uma inversão dos papéis reais. Em sua narrativa,(a mãe) traveste-se de vítima e o alvo (filha) de sua maldade é apresentado como algoz.No ambiente corporativo, não é raro encontrarmos pessoas com esse perfil, mas conviver com elas sob o mesmo teto é inimaginável! Mas ela não se entregou e é aí que reside a beleza do livro. Com toda a humanidade, a autora sofre, se enraivece, compreende, ama, perdoa e, a duras penas, aprende a proteger a sua família e a si própria daquela de quem todos esperamos sempre muito amor (mãe)." "Como é explicado no livro, psicopatia não é doença; não há cura para quem é incapaz de estabelecer vínculos afetivos, colocar-se no lugar no outro e sentir compaixão. A medicina classifica como psicopata as pessoas que reúnem um determinado conjunto de características que vão da dissimulação ao prazer diante do sofrimento alheio" http://livrosqueemocionam.wix.com/nem-todas-as-maes