A liderança humanizada chega revolucionando a gestão nas empresas ao colocar o foco no indivíduo, com empatia e solidariedade, e ao priorizar a qualidade de vida dos colaboradores. Esse estilo de liderança naturalmente resulta em maior engajamento e produtividade.
Adotar um modelo de liderança humanizada pode revitalizar ambientes empresariais desgastados por altas demandas ou falta de pessoal, e é essencial para gestores que ainda precisam equilibrar o fator humano com as metas da empresa.
Revolucionar a gestão ao investir em contratação e capacitação de lideranças inclusivas e humanizadas pode ser exatamente o que seu negócio precisa para voltar a crescer, promovendo ao mesmo tempo o desenvolvimento pessoal de cada membro da equipe.
O que é liderança humanizada?
Liderar de modo humanizado significa colocar o ser humano no centro das estratégias de gestão de equipes e influenciar os colaboradores com empatia e solidariedade. Esse estilo de liderança foca no bem-estar coletivo e no desenvolvimento individual de cada membro da equipe.
A liderança humanizada reconhece que oferecer suporte ao crescimento pessoal e não apenas profissional dos colaboradores tem um impacto positivo em seu desempenho. Afinal, é lógico que uma pessoa satisfeita com seu desenvolvimento e equilibrada em sua vida pessoal se sentirá mais motivada a ter uma boa performance no trabalho.
Embora adotar essa abordagem possa ser desafiador, ela pode ser adaptada a qualquer organização. Para seguir essa tendência, é essencial que sua empresa tenha líderes com habilidades interpessoais desenvolvidas, como pensamento crítico, boa comunicação, criatividade e engajamento com a equipe.
Uma pessoa líder com essa visão e essas habilidades desempenhará um papel central no sucesso de uma gestão humanizada.
A preocupação e o cuidado dessa forma de gestão não se resumem ao ambiente de trabalho, mas se estendem também a outros aspectos da vida do trabalhador fora da empresa.
Imagine que uma funcionária retorne da licença-maternidade e deseje continuar amamentando seu bebê, considerando os inúmeros benefícios para a saúde da criança. Após conversar com sua líder sobre essa necessidade, ela leva a questão ao setor competente. Orientados pela gestão humanizada, eles desenvolvem uma política de incentivo à amamentação, que pode ser implementada de várias maneiras. Como por exemplo:
Flexibilização dos horários da lactante, permitindo jornada parcial;
Disponibilidade de um espaço adequado para amamentação no local de trabalho.
Uma ação dessa magnitude dificilmente ocorreria numa instituição que não valoriza seu recurso mais essencial: o capital humano.
Quais os pilares da gestão humanizada?
Os pilares fundamentais da liderança e gestão humanizada são quatro: observação, comunicação, integração e adaptação.
1. Observação
Liderar com humanidade é um processo oposto às formas tradicionais e rígidas de comando, pois envolve ajustes constantes para alcançar a principal meta: proporcionar condições para que os colaboradores tenham um bom desempenho sem sacrificar aspectos pessoais de suas vidas.
Toda decisão em uma gestão humanizada começa com uma observação atenta, metódica e cuidadosa por parte da pessoa líder, que deve identificar as necessidades individuais e coletivas da equipe.
Apesar de ser metódica, essa observação não deve ser fria ou neutra. As pessoas líderes precisam estar próximos de seu time e genuinamente interessados em conhecer cada pessoa da organização. Por isso, as habilidades sociais, especialmente aquelas que afetam a comunicação, são essenciais para uma liderança humanizada.
2. Comunicação
Na gestão humanizada, a comunicação deve ser horizontal. Claro que é importante manter canais de comunicação sigilosos para combater abusos no local de trabalho. No entanto, para garantir um ambiente verdadeiramente humanizado, a comunicação deve ser aberta e sincera, e a liderança deve praticar a escuta ativa e a empatia para conduzir o diálogo e captar as reais necessidades dos colaboradores.
Além disso, espera-se que líderes humanizados tenham um alto nível de comprometimento ético em relação a tudo o que é discutido com cada funcionário, evitando expor situações delicadas a terceiros e mantendo a confiança da equipe.
3. Integração
Não é novidade que os times mais bem integrados e unidos conseguem alcançar objetivos comuns de maneira mais eficaz. Incentivar a comunicação por meio de uma cultura de feedbacks e da troca de percepções e experiências individuais é um caminho seguro para impulsionar essa integração.
Líderes devem promover essa troca em um ambiente informal e durante o horário de trabalho, ajustando as demandas do dia para que o exercício não se transforme em sobrecarga e acabe prejudicando a iniciativa.
4. Adaptação
A gestão humanizada só é alcançada se a empresa estiver disposta a adaptar seus processos e a investir nos recursos que melhorem significativamente a rotina dos trabalhadores. A motivação e o engajamento dos funcionários crescem à medida que percebem que seu empregador está empenhado em garantir seu bem-estar e segurança, tirando-os do "modo de sobrevivência" e permitindo que aproveitem melhor seu potencial.
Quais os principais benefícios de uma gestão humanizada?
O maior benefício de uma liderança humanizada é a melhora na qualidade de vida dos colaboradores. Isso se reflete no empenho, na dedicação e na identificação deles com a empresa. E, acredite, o lucro a médio e longo prazo também vem junto.
De acordo com o livro “Empresas Humanizadas” de Raj Sisodia, David B. Wolfe e Jag Sheth, empresas que adotam uma gestão humanizada se mostram mais lucrativas com o tempo. Para se ter uma ideia, essas empresas crescem mais de 500% em 10 anos, cerca de 154% em 5 anos e 47% em três anos.
Esses números mostram que ao priorizar uma gestão mais humana em vez de focar apenas no lucro você acaba conquistando ambos. E, de quebra, ainda evita várias complicações comuns em ambientes que não adotam esse padrão de liderança.
Quais as consequências da falta da liderança humanizada?
Alta rotatividade do efetivo, adoção de posturas negativas como absenteísmo e quiet quitting e funcionários com a saúde física e mental degradada por consequência do trabalho são consequências da falta de liderança humanizada.
Como forma de protesto e estratégia de sobrevivência em ambientes com alta demanda e pouco reconhecimento, é comum vermos uma postura conhecida como "quiet quitting". Basicamente, o colaborador começa a perder o interesse pelo trabalho e pela convivência com os colegas, fazendo apenas o mínimo necessário, desconectado dos objetivos e do espírito da empresa.
Outra prática comum é o absenteísmo, que se refere a faltas não justificadas e impontualidade, seja no cumprimento da jornada de trabalho ou nos prazos.
Embora algumas pessoas ajam assim por falta de profissionalismo, muitas acabam nesse caminho porque não se sentem parte da organização. Isso acontece, principalmente, quando não são tratadas como parte essencial dela.
Essa falta de entendimento, especialmente por parte da liderança direta, pode até desencadear doenças graves.
Quais as habilidades necessárias para praticar a liderança humanizada?
Entre as principais habilidades de uma líder humanizada, podemos destacar:
Tomar decisões efetivas rapidamente;
Usar dados como base para as decisões;
Comunicar-se com clareza;
Ser flexível e exercer empatia constantemente;
Criar e valorizar conexões e bons relacionamentos;
Fazer mentoria de suas pessoas lideradas;
Possuir bons níveis de inteligência emocional.
Facilitar a troca de informações através de uma cultura de feedbacks constante é outra estratégia conjunta da humanização das lideranças.
Facilitar a troca de informações por meio de uma cultura de feedback constante é outra estratégia necessária para a humanização das lideranças. Para ganhar a confiança da equipe e ser uma verdadeira mentora e suporte, os colaboradores precisam ver a pessoa líder como uma figura empática, solidária, que sabe não apenas ouvir, mas também servir de conexão com os setores que podem operar o pilar da adaptação.
Não é um processo simples, mas necessário e, com as chaves e a motivação certas, sua liderança assume a frente de uma transformação que já está em curso em vários modelos de negócio, cuidando das pessoas e elevando o nível de profissionalismo da sua equipe.
O que você acha? Bora participar dessa corrente de mudança tão eficiente para melhorar o clima organizacional da sua empresa e impactar positivamente as condições de trabalho de cada membro que participa desse processo?
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