Fronteiras do Pensamento | Produção Telos Cultural | Conferência Edgar Morin | Edição Karina Roman | Finalização Marcelo Allgayer | Tradução Francesco Settineri e Marina Waquil
Os educadores são, (…) promotores privilegiados da condição
humana e é nesse sentido, justamente, que são reconhecidos como técnicos da
relação, o que torna esse seu carácter técnico irredutível a qualquer lógica
instrumental. Enquadrada por uma perspectiva pedagógica, a relação humana
surge-nos sempre mais do que uma simples ferramenta (Carvalho e Baptista, 2004,
pp. 95-96).
Para Noguero e Solís (2003) o educador social
marca a forma de trabalho no grupo, proporcionando ferramentas necessárias
(atitudes, valores, capacidades, motivação, etc.) para que a autonomia do mesmo
cresça progressivamente (…) (p. 7). A sua figura tem um caráter “eventual” no
tempo de vida do grupo com o qual trabalha e, por conseguinte, trata de
facilitar em todo o momento que o grupo aprenda e adquira os meios necessários
para uma autogestão individual e coletiva (p. 7).
"O Educador Social
caracteriza-se pela enorme capacidade de percepcionar a realidade, reflectir,
adaptar-se às dificuldades e encontrar saídas possíveis para os múltiplos
problemas de âmbito social. Por isso, a sua formação profissional é ser
rigorosa articulando o conhecimento, a formação pedagógica reflectida com uma
cultura actual e crítica, fundamental à leitura e compreensão do mundo, à
capacidade de orientação e decisão que, a cada momento, terá de tomar.
O seu perfil, estruturado pelos saberes ser, estar e fazer,
confere-lhe um conjunto de competências que o tornam capaz de agir técnica e
pedagogicamente, com sensibilidade social e ética.
Subjacente
aos seus modelos de intervenção está a cultura pedagógica destes profissionais
(…)
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