"Os pais se mostram como modelos, favorecendo ao filho captar a mensagem, interiorizando e utilizando-a quando necessário. Os pais utilizam o raciocínio, ensinam seus filhos a analisar as conseqüências de seus atos, promovendo, assim, valores de autodireção e valores pró-sociais. Neste caso, os filhos possuem um papel ativo na definição de sua conduta (Baumrind, 1971, 1978, 1991; Kochanska, Kuczynski e Radke-Yarrow, 1989). No estilo autoritário, os pais dão ordens, fixam regras que não podem ser discutidas e impõem castigos severos. As mensagens são transmitidas de modo impositivo e, deste modo, é provável que o filho adote uma atitude de submissão, acatando, momentaneamente, os valores, mas sem haver uma interiorização. Os pais autoritários fomentam valores de conformidade e inibem valores de autodireção (Maccoby e Martin,1983; Kochanska, Kuczynski e Radke-Yarrow, 1989). Já no estilo permissivo evidenciam-se altos níveis de comunicação e afeto e baixos níveis de exigência e, conseqüentemente, pouca supervisão ao cumprimento das normas. Os pais tendem a se adaptar aos filhos procurando identificar e satisfazer suas necessidades e exigências. As famílias indulgentes, de acordo com essa nova categorização, apresentam alto envolvimento afetivo, e baixo monitoramento e controle parental. Normalmente,são pais tolerantes, que fazem poucas demandas de comportamento maduro, permitindo que os filhos se auto-regulem. Neste sentido, fomenta-se a autonomia e a independência (autodireção) e inibem-se valores pró-sociais (de solidariedade e justiça). As famílias negligentes não são nem exigentes e nem responsivas. Estes pais não monitoram o comportamento de seus filhos e nem dão suporte para seus interesses. Os pais estão mais preocupados com seus próprios problemas e não engajados nas responsabilidades parentais.
Claudete Bonatto Reichert
Universidade Luterana do Brasil (ULBRA/Canoas-RS)
Adriana Wagner
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