O conceito de beneficência refere-se a uma ação realizada em benefício de
outros. A bondade, a misericórdia e o amor ao próximo caracterizam a ação
beneficente. O exemplo mais famoso de beneficência diz respeito à parábola do Bom
Samaritano. Conta a parábola que um homem viajava de Jerusalém para Jericó quando
caiu nas mãos de uns ladrões, que o espancaram e o deixaram quase morto. Depois de
passarem um sacerdote e um levita, que se recusaram a prestar auxilio, surge um
samaritano que, vendo-o num estado deplorável, encheu-se de íntima compaixão e
levou-o a uma hospedaria, onde continuou a cuidar dele. Esta parábola do Novo Testamento ilustra a compaixão que deve ser aplicada a todas as pessoas; mais do que
isso, sugere que a beneficência é um ideal moral e não uma obrigação.
A beneficência segue determinados preceitos:
- proteger e defender os direitos dos outros,
- ajudar pessoas incapacitadas e
- resgatar aqueles que se encontram em perigo.
A filantropia, conceito grego, que significa “amor à humanidade” e que existe por mérito do imperador romano Flávio Cláudio Juliano, transporta a vontade de construir uma sociedade justa, equitativa e dotada de liberdade. Segundo o entender do Conselheiro José Silvestre Ribeiro, a filantropia fundamenta-se numa ética de virtudes. A análise que recai sobre a ação de auxílio deve ser organizada e fundamentada racionalmente, conforme os fatores envolvidos.
A construção de uma sociedade onde a justiça prevalece, onde os direitos
humanos são respeitados, e todos, sem exceção, beneficiam de oportunidades iguais
torna urgente a integração da ética na vida comum. Deve tratar-se de uma sociedade que
reúne esforços para não se distanciar do “humanitarismo, por consequência, alicerçado
na Liberdade, na Justiça e na Bondade.” Deve lutar-se por uma sociedade onde a justiça social prevalece, onde os direitos
humanos são respeitados e todos beneficiam de iguais oportunidades; onde fazer o bem
na medida das nossas possibilidades deve ser encarado como um dever.
http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/44640/1/Juliana%20Sofia%20Fernandes%20Teixeira.pdf